A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA PARA O DESENVOLVIMENTO DO PRAZER PELA LEITURA NA INFÂNCIA
Palavras-chave:
Literatura Infantil; Contação de histórias; Estratégias Pedagógicas.Resumo
A contação de histórias, prática milenar presente em diversas culturas, tem se firmado, no contexto educacional, como uma estratégia pedagógica significativa para promover o desenvolvimento integral das crianças, especialmente no que se refere ao estímulo ao prazer pela leitura. Essa temática revela-se relevante diante da necessidade de se promover práticas pedagógicas mais lúdicas e humanizadas no processo de ensino-aprendizagem. Essa pesquisa buscou responder ao seguinte questionamento: de que maneira a contação de histórias, quando mediada de forma lúdica e planejada, contribui para o desenvolvimento do prazer pela leitura em crianças? Entrelaçado ao problema investigativo, o objetivo geral do estudo foi analisar como a contação de histórias, realizada de forma intencional, pode fomentar o interesse das crianças pela leitura, despertando a imaginação, ampliando o repertório literário e promovendo aprendizagens significativas. A metodologia adotada foi de abordagem qualitativa, de natureza bibliográfica, fundamentada em autores que discutem a leitura, a literatura infantil e as práticas de narração oral, como Abramovich (1989, 1996, 2004), Coelho (2000), Rocha (2021), Beltrame, Cavalheiro e Sbeghen (2015), entre outros. A leitura desses autores permitiu compreender as dimensões pedagógicas, afetivas e criativas envolvidas no processo de contação de histórias na infância. Entre os principais resultados, o estudo evidenciou que a contação de histórias contribui significativamente para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita, o fortalecimento da empatia, o estímulo à imaginação e à criatividade, além de favorecer o estabelecimento de vínculos afetivos entre crianças e educadores. Destacam-se, ainda, as estratégias pedagógicas utilizadas, como o uso de recursos visuais (fantoches, livros ilustrados, teatro de sombras), sonoros (músicas, efeitos, entonação de voz) e corporais (expressões faciais, gestos, dramatizações), aliados à importância de um ambiente acolhedor e de uma mediação sensível por parte do educador. Conclui-se que a contação de histórias é uma ferramenta potente e indispensável para a formação leitora das crianças, pois promove experiências significativas e afetivas com a linguagem. Ao integrar emoção, imaginação e conteúdo, essa prática fortalece o vínculo entre criança e livro, contribuindo para uma educação mais sensível, crítica e transformadora. Investir na contação de histórias é, portanto, investir na formação de sujeitos leitores, autônomos e criativos, e no desenvolvimento pleno da infância.
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