MUSEU 25 DE JULHO E OUTROS ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO

Autores

  • Caroline Mallmann Schneiders Universidade da Fronteira Sul - Campus Cerro Largo
  • Cinthia Isadora Schmit Frank
  • Rafaela Taise Soares
  • Edyson Waghetti Sebastiany
  • Ana Beatriz Ferreira Dias
  • Reneo Pedro Prediger

Palavras-chave:

Museu; história; memória; circulação; preservação.

Resumo

O presente projeto tem como objetivo realizar ações que contribuam na valorização e preservação de acervos históricos que permitem dar visibilidade à(s) língua(s), à(s) cultura(s) e à história da região das missões do RS, considerando, portanto, a diversidade constitutiva que é própria desse espaço/território. Diante disso, a principal ação que o projeto visa a desenvolver, em parceria com o Museu 25 de Julho, situado no município de Cerro Largo/RS, e com o Centro Cultural 25 de Julho de Cerro Largo, associação responsável pelo referido museu, é a organização e a disponibilização de um museu virtual, a fim de possibilitar a preservação do acervo histórico que está sob a guarda do Museu, bem como o acesso à comunidade a esse patrimônio cultural. Nesse primeiro momento do projeto, serão realizadas a organização do espaço virtual, a seleção/tratamento/digitalização dos arquivos que serão disponibilizados, e, por fim, a disponibilização online. Em conjunto com a diretoria da Centro Cultura 25 de Julho, definir-se-ão os critérios para seleção de materialidades a serem digitalizadas. Assim, considera-se a cultura enquanto um processo, mais especificamente, um processo histórico, que nos permite o acesso a um patrimônio, seja este material ou imaterial, de um povo, e, ao mesmo tempo, a sua história e memória. Com o intuito de intensificar essa relação entre sociedade e universidade, além de preservar e dar visibilidade ao patrimônio cultural do Museu 25 de Julho, propõe-se, então, como um dos resultados esperados a criação desse acervo online, por meio de um museu virtual, com arquivos que darão visibilidade à diversidade linguística e cultural constitutiva da região das missões do RS, por ser um espaço/território situado geograficamente na fronteira e ter uma história que envolve povos indígenas e de imigração. Cabe destacar que o olhar teórico e metodológico, para desenvolver essa proposta, articula o campo de conhecimento da Linguística com o da História. Assim, partindo do princípio de que todo conhecimento é uma realidade histórica, constituído por um horizonte de retrospecção e de projeção, os quais indicam que o ato de saber relaciona-se a um passado, por meio de um conjunto de conhecimentos antecedentes e, ao mesmo tempo, a um futuro que dele se desdobra, considera-se que “sem memória e sem projeto, simplesmente não há saber” (AUROUX, 1992, p. 11). Ou seja, o conhecimento está em relação ao tempo e não há conhecimento instantâneo, por estar situado em dado momento na história e afetado por uma exterioridade que o constitui.

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Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Linguística, Letras e Artes - Extensão & Cultura - Campus Cerro Largo