MORBIMORTALIDADE POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NO RIO GRANDE DO SUL NO PERÍODO DE 2020 A 2025
Palavras-chave:
coração, insuficiência cardíaca, óbitos, Rio Grande do SulResumo
Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é uma condição clínica em que o coração não consegue bombear sangue de forma efetiva. Isso pode ocorrer por rigidez ou enfraquecimento do músculo cardíaco, o que impede o coração de se encher adequadamente. Frequentemente, surge como uma complicação de outras condições de saúde subjacentes. Objetivo: Caracterizar a morbimortalidade por IC no Rio Grande do Sul, no período de 2020 a 2025. Método: Trata-se de um estudo ecológico, realizado com dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), obtidos por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Coletaram-se dados sobre os óbitos por IC (CID - I50) no estado do Rio Grande do Sul no período de maio de 2020 a maio de 2025, sendo consideradas as variáveis sexo, cor/raça e faixa etária. Por se tratar de dados agregados de domínio público e sem identificação dos participantes, não foi necessária apreciação ética. Resultados: A análise identificou que o número de óbitos por IC no Rio Grande do Sul nesses anos foi de 9.180, sendo a maior ocorrência em 2022 (n=1.894) e a menor em 2025 (n=504). Dessa forma, houve uma média de 1.529 óbitos notificados ao ano durante esse período, sendo que indivíduos com 80 anos ou mais representaram a maior proporção (n=3.746; 40,8%). Ademais, notou-se que 53,2% (n=4.887) dos óbitos correspondiam ao sexo feminino, enquanto 46,8% (n=4.293) ao masculino. Além disso, quanto à cor da pele dos indivíduos, 81,9% (n=7.520) dos óbitos ocorreram em pessoas de cor branca, 5,2% (n=477) preta, 4,7% (n=428) parda, 0,4% (n=35) amarela, 0,1% (n=8) indígena e 7,7% (n=712) não informados. Conclusão: Os dados evidenciam que os óbitos por IC no Rio Grande do Sul, entre 2020 e 2025, ocorreram com maior frequência entre indivíduos do sexo feminino, de cor branca e com 80 anos ou mais. Tais achados reforçam a necessidade de políticas públicas voltadas à prevenção e ao cuidado em saúde cardiovascular, especialmente entre a população idosa, visando à redução dos elevados índices de morbimortalidade associados à IC no estado.
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