A INFLUENZA SUÍNA EM LEITÕES DE CRECHE: ACHADOS DE NECROPSIA COMO FERRAMENTA DIAGNÓSTICA 

Autores

  • Ketlin Eduarda Gazzola Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Amália Vitória Zimpel Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Gabrielle Gomes Galdino Universidade Federal da Fronteira Sul
  • João Vinicio Neukamp Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Arthur Barbosa Natel Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Tiago Luiz Pauwelz Programa de Pós Graduação em Saúde, Bem-estar e Produção Animal Sustentável na Fronteira Sul. Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Dalila Moter Benvegnú Docente de Medicina Veterinária, Nutrição e Ciências Biológicas. Universidade Federal da Fronteira Sul.
  • Fabiana Elias Docente de Medicina Veterinária. Universidade Federal da Fronteira Sul.

Palavras-chave:

Suinocultura, Diagnóstico, Pneumonias

Resumo

A influenza suína é uma enfermidade respiratória aguda e altamente contagiosa, causada pelo vírus influenza A, pertencente à família Orthomyxoviridae. Em suínos, caracteriza-se por evolução rápida e pode acometer até 100% dos animais durante surtos epidêmicos, tendo como principais sinais clínicos: tosse, febre, anorexia e queda no desempenho zootécnico. A infecção é influenciada por diversos fatores, como idade, estado imunológico, manejo e condições ambientais que favorecem sua manifestação. Na necropsia, observam-se lesões pulmonares características, como áreas avermelhadas, consolidadas e deprimidas, especialmente nos lobos craniais, configurando o padrão típico em “tabuleiro de xadrez”. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi relatar as alterações de necropsia em leitões de sétima a décima semana de vida com influenza, provenientes de uma granja comercial. Para isso, foram realizadas 19 necropsias em animais que naturalmente vieram à óbito neste período. Dentre estes, sete apresentaram sinais clínicos compatíveis com doenças respiratórias, cujos achados macroscópicos evidenciaram pulmões com áreas alternadas de coloração clara e escura, distribuídas de forma semelhante a um tabuleiro de xadrez, com maior acometimento dos lobos craniais, sobretudo do lado esquerdo. Também foram observados focos de atelectasia, pleurite discreta, congestão de mucosas e linfonodos aumentados, alterações compatíveis com infecção pelo vírus influenza A. Os resultados demonstram uma ocorrência significativa de influenza suína no rebanho avaliado, com 36,8% (7/19) dos casos analisados apresentando lesões compatíveis com a doença. Nesse contexto, a necropsia mostrou-se uma ferramenta diagnóstica fundamental, permitindo a identificação das alterações características e a confirmação da suspeita clínica. Ressalta-se, ainda, que a influenza suína possui relevância não apenas pela sua natureza zoonótica, mas também pelos impactos econômicos que ocasiona na cadeia produtiva, como redução do desempenho, maior mortalidade e necessidade de medidas adicionais de controle sanitário. Assim, a utilização da necropsia como método de diagnóstico, associada ao monitoramento contínuo do rebanho, é essencial para reduzir os efeitos da enfermidade e orientar estratégias de biosseguridade, manejo e vacinação em granjas comerciais.

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Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Ciências Agrárias - Pesquisa - Campus Realeza