DA UNIVERSIDADE À COMUNIDADE: A ABRANGÊNCIA DO PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA UFFS EM ESCOLAS REGIONAIS

Resumo

Projetos de extensão voltados à educação ambiental têm um papel fundamental na formação de uma consciência ecológica crítica e no fortalecimento do vínculo entre universidade e comunidade. Essas ações ampliam o acesso ao conhecimento científico, promovem a transformação social e incentivam práticas sustentáveis desde a infância até a juventude. Inserido nesse contexto, o projeto de extensão Educação ambiental na UFFS: a universidade como um ambiente educador sustentável, situado no campus Laranjeiras do Sul, composto por 13 graduandos bolsistas, desenvolve sete oficinas temáticas: Trilha da Nascente, Caminhos da Aquicultura, Central de Resíduos, Biodigestor, Confecção de Reciclados, Pomar Orgânico e Horta Mandala. As atividades abrangem diversos municípios e instituições de ensino da região, incluindo Rio Bonito do Iguaçu, com o Colégio Estadual do Campo Joaquim N. Ribeiro, a Escola Municipal do Campo Alfredo Rosa, o Colégio Estadual do Campo José Alves dos Santos e a Escola Municipal do Campo Tatiane Bergeier; Nova Laranjeiras, com a Escola Municipal Ely Antônio Nardello e o Centro Municipal de Educação Infantil Padre Giuliano Sincini; Chopinzinho, com a Escola Santa Inês; e Laranjeiras do Sul, com a Escola Municipal Professora Therezinha Maria Moretto Andreetta. O objetivo central do projeto é promover a conscientização ambiental, abordando temas como poluição, sustentabilidade e restauração ecológica. As ações são desenvolvidas em ambientes educadores não formais, por meio de oficinas práticas realizadas ao ar livre, utilizando materiais didáticos de caráter educativo — em sua maioria recicláveis — que tornam o processo de aprendizagem mais acessível e significativo. O público-alvo contempla estudantes de diferentes faixas etárias, proporcionando experiências educativas que reforçam o cuidado com o meio ambiente a partir do contato direto com os espaços naturais. A participação das escolas é um indicativo importante do alcance e do impacto do projeto. A Escola Municipal Ely Antônio Nardello destacou-se com o maior número de alunos participantes, totalizando 119 estudantes. Em seguida, a Escola Santa Inês, de Chopinzinho, contou com 69 alunos, e o Colégio Estadual do Campo Joaquim N. Ribeiro, com 45. As demais instituições também demonstraram envolvimento significativo, como a Escola Municipal do Campo Alfredo Rosa (18 alunos), o Centro Municipal de Educação Infantil Padre Giuliano Sincini (26 alunos), o Colégio Estadual do Campo José Alves dos Santos (25 alunos) e a Escola Municipal Professora Therezinha Maria Moretto Andreetta (23 alunos). Esses dados evidenciam a amplitude do projeto e sua capacidade de mobilizar diferentes comunidades escolares em torno da educação ambiental. No que se refere às oficinas desenvolvidas, a Trilha da Nascente foi a que mais recebeu participantes, com 253 alunos distribuídos em 16 turmas, seguida por Caminhos da Aquicultura, com 196 alunos em 9 turmas. A oficina Pomar Orgânico também apresentou destaque, com 84 participantes em 5 turmas. As demais oficinas — Biodigestor (40 alunos/4 turmas), Central de Resíduos (30 alunos/4 turmas) e Confecção de Reciclados (20 alunos/1 turma) —, ainda que com menor número de participantes, contribuíram com atividades práticas relevantes para a temática da sustentabilidade. A oficina Horta Mandala, apesar de estar estruturada no projeto, ainda não  recebeu visitas no período analisado pois está em preparação.De forma geral, os dados obtidos demonstram a relevância e o impacto social do projeto, tanto pelo número expressivo de alunos atendidos quanto pela diversidade de instituições envolvidas. Assim, o projeto reafirma o papel da universidade como agente de transformação social e como espaço educador comprometido com a sustentabilidade.