RELATO DE EXTENSÃO – DIVULGAÇÃO E IMPACTO DO PROGRAMA FUTURAS CIENTISTAS

Autores

  • Nataly de Moura Schinvelski Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)/Estudante
  • Dr.Fabiano Cassol Universidade Federal da Fronteira Sul UFFS/ Docente campus Cerro Largo
  • Dra. Marlei Veiga dos Santos Universidade Federal da Fronteira Sul UFFS/ Docente campus Cerro Largo

Palavras-chave:

Equidade de gênero; Divulgação científica; Ensino médio; Extensão universitária; Imersão Científica.

Resumo

O Programa Futuras Cientistas foi criado em 2011 pelo CETENE (Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste). Este programa tem como objetivo incentivar meninas do ensino médio a seguirem carreira em áreas como Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM). Para isso, aproxima escolas públicas e universidades, criando oportunidades para que estudantes e professoras conheçam de perto a pesquisa científica e o ambiente acadêmico. Uma parte importante do programa é a oferta de bolsas pagas pelo CNPq, no valor de R$ 300,00. Essas bolsas são destinadas a alunas do 2º ano do ensino médio e professoras da rede estadual que participam do Módulo Imersão Científica. Essa imersão acontece em janeiro onde as participantes desenvolvem o projeto para qual se inscreveram, estas atividades são realizadas nos laboratórios das universidades sobre a tutoria de professores proponentes do projeto e com auxílio de estudantes universitários, que atuam como voluntários. Em fevereiro as atividades são remotas e incluem palestras, orientações e mentorias com pesquisadoras permitindo que as participantes vivam diversas experiências no campo da ciência. O grande objetivo é promover a equidade de gênero, ou seja, garantir que mais mulheres tenham acesso e espaço em áreas ainda com predominância masculina. Na edição de 2025, o programa ofereceu 470 vagas em todo o Brasil, sendo 160 para alunas de escolas regulares, 160 para alunas de escolas em tempo integral ou técnico e 150 para professoras. Além disso, 10% das vagas foram reservadas para pessoas com deficiência, negras, indígenas, trans, travestis e outros grupos que muitas vezes têm mais dificuldades de acesso. No estado do Rio Grande do Sul, foram abertas 20 vagas. A Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Cerro Largo participou no programa pela oferta do projeto “Construção de um fotômetro: promovendo o protagonismo feminino”, com 7 bolsas disponíveis, seis para alunas e uma para professora da rede estadual. A divulgação desse projeto foi feita de forma direta junto às escolas estaduais da região. Primeiro, a coordenadora do projeto fez contato por telefone para agendar visitas. Na primeira visita, participei como voluntária acompanhada dos professores tutores, em caráter de treinamento. Depois, passei a ir sozinha às escolas, levando materiais de divulgação e explicando às estudantes, professores e direções escolares como o programa funcionava e quais eram as vantagens de participar. Essa experiência foi muito importante para mim, porque mostrou na prática como a universidade pode se aproximar da comunidade através da extensão. O resultado foi positivo, as estudantes se interessaram e fizeram a inscrição. Ao final, todas as sete vagas destinadas ao projeto foram preenchidas, o que mostrou que a estratégia de divulgação funcionou bem. As estudantes e a professora selecionadas receberam a bolsa do CNPq o que ajudou a dar condições para que elas se dedicassem à experiência e se deslocassem até o campus. Participar dessa ação me fez perceber como projetos de extensão podem realmente transformar realidades.

Downloads

Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Ciências Exatas e da Terra - Extensão & Cultura - Campus Cerro Largo