PROMOÇÃO DA SAÚDE E CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O CALENDÁRIO VACINAL ADULTO: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE AÇÃO DE EXTENSÃO
Palavras-chave:
Calendário Vacinal, Educação em Saúde, Sistema Único de Saúde (SUS), Ação de ExtensãoResumo
A hesitação vacinal e a desinformação representam desafios significativos para a saúde pública, resultando em baixas taxas de cobertura vacinal entre adultos e na persistência de doenças imunopreveníveis. Diante deste cenário, o presente trabalho relata uma ação de extensão, desenvolvida por estudantes de medicina do Componente Curricular de Saúde Coletiva IV, que teve como objetivo promover a conscientização sobre o calendário vacinal do adulto disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a importância do uso de fontes oficiais de informação em saúde. A ação foi realizada em dois locais estratégicos da região de Chapecó-SC e de livre acesso: o EcoParque e o campus da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), visando alcançar a comunidade em geral e a acadêmica, respectivamente, em que há pessoas de diferentes formações e culturas. A metodologia consistiu na elaboração e distribuição de panfletos informativos e didáticos, cujo conteúdo foi baseado em documentos oficiais do Programa Nacional de Imunizações (PNI), oferecido pelo SUS. Os materiais abordavam de forma clara quais as vacinas recomendadas para adultos, as doenças prevenidas, o número de doses necessárias para a eficácia do esquema vacinal e respondiam a dúvidas frequentes como "Quem faz parte do grupo de risco?" e "Como saber quais vacinas preciso tomar?". Durante a atividade de extensão, os estudantes realizaram abordagens diretas ao público adulto presente no local, buscando realizar diálogos descontraídos, ao informar o objetivo da atividade, quais informações constavam no material e buscando sanar dúvidas e reforçar a relevância da vacinação. Ao todo, foram distribuídos 140 panfletos. A receptividade do público foi variada: enquanto alguns indivíduos se mostraram abertos ao diálogo, outros demonstraram desinteresse, o que gerou reflexões posteriores. A análise crítica dos acadêmicos levantou hipóteses para essa reação, como a saturação de informações, a falsa sensação de conhecimento sobre o tema ou fatores situacionais, como a interrupção da rotina dos indivíduos que realizavam atividades físicas nos limites do EcoParque. Tal observação ressalta as limitações inerentes a ações pontuais e a dificuldade de mensurar seu impacto imediato. Conclui-se que, para os estudantes, a experiência foi fundamental para o desenvolvimento de habilidades de comunicação e para a compreensão dos desafios práticos da educação em saúde em espaços não formais. Embora uma ação isolada tenha alcance limitado, ela se mostra essencial para manter o tema da vacinação em pauta na comunidade e reforça a necessidade de estratégias contínuas e diversificadas para combater a desinformação e fortalecer a saúde coletiva.
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