BULLYING E SAÚDE MENTAL NA ESCOLA: TECENDO DIÁLOGOS DE CUIDADO COM PRÉ-ADOLESCENTES
Palavras-chave:
Bullying, saude mental, educacao publica, cultura de pazResumo
O presente resumo tem por finalidade relatar a experiência de estudantes dos cursos de Enfermagem e Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Passo Fundo, vinculados às extensões “Educação em Saúde Mental: diálogos entre universidades, escolas e comunidade”, “EDUCAÇÃO em Saúde” e ao projeto de cultura “Saúde em Imagem: produções fotográficas de estudantes da universidade e de escolas públicas”. Essas atividades foram realizadas com 152 alunos do 6º, 7°, 8° e 9° anos do Ensino Fundamental de uma escola pública de Passo Fundo, no primeiro semestre de 2025. Com o apoio de 6 alunos extensionistas e 2 professoras, buscou-se dialogar sobre a violência dentro e fora das salas de aula por meio de palestras interativas. Os períodos da infância e, especialmente, a adolescência, com as mudanças corporais desencadeadas por hormônios, podem moldar a subjetividade a partir de comportamentos coletivos que são estimulados ou desencorajados. Nesses contextos, corpos que se desviam de uma idealização estética ou comportamental podem estar mais suscetíveis à cultura de violência que, muitas vezes, é institucionalizada por falta de combate e prevenção eficazes. Nessa perspectiva, os estudantes da UFFS atuaram como facilitadores de palestras interativas voltadas para pré-adolescentes, buscando debater como o bullying e a cultura de violência nas escolas podem causar sofrimento psicológico. Para isso, utilizaram slides como instrumento-guia e duas dinâmicas: uma no início, para estimular a interação, e outra no final, para recapitular e fechar o debate. Na primeira atividade, os alunos foram instigados a desenhar um “boneco” e, após finalizado, deveriam trocá-los para encontrar as diferenças entre seu desenho e o recebido. A multiplicidade de corpos, simbolizada por cada desenho, reforçou a importância do respeito às singularidades e da desconstrução de padrões que levam à exclusão. Na última dinâmica, todos os participantes receberam uma placa com um lado verde (sim) e um lado vermelho (não), que foram usadas para responder perguntas feitas pelos facilitadores e recapitular o que foi dialogado na palestra. Com base nas atividades realizadas, o grupo buscou debater com os alunos do Ensino Fundamental II como atitudes que podem parecer inofensivas são prejudiciais à saúde psíquica. A experiência dessa atividade de extensão demonstrou a relevância do diálogo entre a universidade e a escola pública na promoção da saúde mental, cultura de paz e no combate à violência.
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