FORTALECENDO A SAÚDE DOMICILIAR NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA -ESF

Autores

  • Iury Da Rosa Romanini Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Veronica Silveira Pelicioli Bolsoni
  • Bruna Nunes de Souza
  • Julio Edemar Dos Santos
  • Alessandra Regina Muller Germani

Palavras-chave:

Saúde Coletiva, Saúde do Idoso, Visita Domiciliar

Resumo

O programa de extensão “Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças: Fortalecendo Ações na Estratégia Saúde da Família – ESF” articula as dimensões de ensino, pesquisa e prática comunitária no município de Passo Fundo, em conformidade com as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) para a atenção básica. Durante a fase preliminar, foi realizada a compilação minuciosa dos dados referentes a visitas domiciliares efetuadas por turmas de Saúde Coletiva em Medicina. Esse levantamento envolveu a sistematização de informações sobre condições clínicas, socioeconômicas e demográficas dos beneficiários, constituindo a base empírica para o desenvolvimento de um modelo de classificação de risco que atenda às demandas específicas da população idosa. A partir desses registros, os critérios de vulnerabilidade foram definidos considerando indicadores de fragilidade biológica, limitações funcionais e fatores psicossociais. Para fundamentar decisões de cuidado, procedeu-se à seleção e análise crítica de materiais de referência disponíveis na literatura especializada. Nesse processo, a Teoria de Enfermagem de Wanda Horta foi incorporada como arcabouço conceitual, sobretudo em suas categorias de necessidades humanas básicas, servindo de guia para a elaboração de protocolos de avaliação e para a montagem de planos de cuidados individualizados. Com o sistema de classificação de risco estruturado, as atividades de campo encontram-se em etapa de implantação gradual. Estão planejadas visitas domiciliares, cujos objetivos incluem instruções sobre higiene pessoal, alimentação balanceada, prática de exercícios físicos leves e adesão correta aos tratamentos prescritos. Além disso, o desenvolvimento de grupos de apoio voltados a fumantes e a pessoas com hipertensão fará uso de dinâmicas de grupo para estimular a troca de experiências, a construção coletiva de estratégias de enfrentamento e o fortalecimento de redes informais de suporte. Para a população idosa, considerada pilar da atenção primária à saúde, foram previstas a aplicação de instrumentos diagnósticos tais como genograma familiar, ecomapa de redes de suporte e o Mini-Exame do Estado Mental. Essas ferramentas permitirão identificar com clareza as relações de convivência, o nível de integração social e possíveis lacunas na rede de cuidados. Com base nesses subsídios, cada Projeto Terapêutico Singular (PTS) será estruturado de modo a contemplar um quadro interativo de autocuidados: atividades de rotina, como administração de medicamentos, cuidados de higiene e exercícios, serão organizadas em um painel visual que utiliza cores e ícones, facilitando o acompanhamento mesmo por pacientes com alfabetização limitada. Concomitantemente, os responsáveis pela implementação mantêm a organização e atualização de materiais didáticos, incluindo cartilhas ilustradas, check-lists e roteiros de visita e efetuam o agendamento sistemático dos encontros domiciliares e comunitários. Os dados levantados em campo serão registrados em formulários padronizados e posteriormente inseridos em uma base de dados qualificada, que servirá para a elaboração de relatórios analíticos, a produção de artigos científicos e a apresentação de resultados em congressos e seminários. Ainda, esses registros alimentarão a rotina de feedback com as equipes da Estratégia Saúde da Família, subsidiando a proposição de ajustes pontuais nas metodologias de intervenção e o aprimoramento contínuo das práticas de cuidado.

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Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Extensão & Cultura - Campus Passo Fundo