FORTALECENDO A SAÚDE DOMICILIAR NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA -ESF
Palavras-chave:
Saúde Coletiva, Saúde do Idoso, Visita DomiciliarResumo
O programa de extensão “Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças: Fortalecendo Ações na Estratégia Saúde da Família – ESF” articula as dimensões de ensino, pesquisa e prática comunitária no município de Passo Fundo, em conformidade com as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) para a atenção básica. Durante a fase preliminar, foi realizada a compilação minuciosa dos dados referentes a visitas domiciliares efetuadas por turmas de Saúde Coletiva em Medicina. Esse levantamento envolveu a sistematização de informações sobre condições clínicas, socioeconômicas e demográficas dos beneficiários, constituindo a base empírica para o desenvolvimento de um modelo de classificação de risco que atenda às demandas específicas da população idosa. A partir desses registros, os critérios de vulnerabilidade foram definidos considerando indicadores de fragilidade biológica, limitações funcionais e fatores psicossociais. Para fundamentar decisões de cuidado, procedeu-se à seleção e análise crítica de materiais de referência disponíveis na literatura especializada. Nesse processo, a Teoria de Enfermagem de Wanda Horta foi incorporada como arcabouço conceitual, sobretudo em suas categorias de necessidades humanas básicas, servindo de guia para a elaboração de protocolos de avaliação e para a montagem de planos de cuidados individualizados. Com o sistema de classificação de risco estruturado, as atividades de campo encontram-se em etapa de implantação gradual. Estão planejadas visitas domiciliares, cujos objetivos incluem instruções sobre higiene pessoal, alimentação balanceada, prática de exercícios físicos leves e adesão correta aos tratamentos prescritos. Além disso, o desenvolvimento de grupos de apoio voltados a fumantes e a pessoas com hipertensão fará uso de dinâmicas de grupo para estimular a troca de experiências, a construção coletiva de estratégias de enfrentamento e o fortalecimento de redes informais de suporte. Para a população idosa, considerada pilar da atenção primária à saúde, foram previstas a aplicação de instrumentos diagnósticos tais como genograma familiar, ecomapa de redes de suporte e o Mini-Exame do Estado Mental. Essas ferramentas permitirão identificar com clareza as relações de convivência, o nível de integração social e possíveis lacunas na rede de cuidados. Com base nesses subsídios, cada Projeto Terapêutico Singular (PTS) será estruturado de modo a contemplar um quadro interativo de autocuidados: atividades de rotina, como administração de medicamentos, cuidados de higiene e exercícios, serão organizadas em um painel visual que utiliza cores e ícones, facilitando o acompanhamento mesmo por pacientes com alfabetização limitada. Concomitantemente, os responsáveis pela implementação mantêm a organização e atualização de materiais didáticos, incluindo cartilhas ilustradas, check-lists e roteiros de visita e efetuam o agendamento sistemático dos encontros domiciliares e comunitários. Os dados levantados em campo serão registrados em formulários padronizados e posteriormente inseridos em uma base de dados qualificada, que servirá para a elaboração de relatórios analíticos, a produção de artigos científicos e a apresentação de resultados em congressos e seminários. Ainda, esses registros alimentarão a rotina de feedback com as equipes da Estratégia Saúde da Família, subsidiando a proposição de ajustes pontuais nas metodologias de intervenção e o aprimoramento contínuo das práticas de cuidado.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Iury Da Rosa Romanini, Veronica Silveira Pelicioli Bolsoni, Bruna Nunes de Souza, Julio Edemar Dos Santos, Alessandra Regina Muller Germani

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

