RISCO CLIMÁTICO DE OCORRÊNCIA DE FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA NO RIO GRANDE DO SUL

Autores

  • Giovanna Lais Kasper Mombach Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Bruna Bakalarczyk Caetano Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Lucas Kieling Adams Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Aline Ulzefer Henck Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Nédia da Silva Giehl Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Prof. Dr. Sidinei Zwick Radons Universidade Federal da Fronteira Sul

Palavras-chave:

Phakopsora pachyrhizi; temperatura; molhamento foliar; Glycine max.

Resumo

A ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) da soja (Glycine max) é, atualmente, a doença que mais acomete a cultura. Além de oferecer uma ameaça à produtividade, compromete também a rentabilidade, sob a qual já foram descritas perdas na produção de até 90% em alguns locais. Para a ocorrência da doença, é necessária uma planta suscetível, um agente patogênico e um ambiente favorável. De acordo com diversas pesquisas, há uma correlação entre as variáveis climáticas temperatura, o período de molhamento foliar e as flutuações do desenvolvimento da P. pachyrhizi. A doença desenvolve-se mais rapidamente quando a temperatura do ar é a ideal para o patógeno e acima ou abaixo da ideal para o hospedeiro, sendo temperaturas de 15 a 25°C favoráveis a germinação do fungo e quando o período de molhamento foliar é no mínimo de 6 horas, com máximo de 10 a 12 horas. O presente trabalho tem como objetivo compreender o risco agroclimático mensal para a ocorrência da ferrugem asiática da soja no Rio Grande do Sul. Foram utilizados dados de 38 estações meteorológicas do INMET do estado. O cálculo do risco climático de ocorrência da doença foi baseado no método descrito por Engers (2019), por meio do qual determina-se a porcentagem de risco de ocorrência da ferrugem asiática da soja no estado, tanto anual quanto mensal. Verificando a variável período de molhamento foliar, observa-se que a média anual de risco para a ocorrência da doença é de 41%, variando de 30% no mês de janeiro a 57% no mês de junho. Já a variável temperatura apresenta média anual de 73% para o risco de desenvolvimento da ferrugem asiática, variando de 44% no mês de julho a 95% no mês de janeiro. Quando levado em consideração os dois fatores, a média anual de risco de ocorrência de ferrugem asiática da soja é de 30%, que varia de 23% no mês de agosto a 36% no mês de maio. Em conclusão, destaca-se a importância da realização do vazio sanitário das lavouras disposto em lei, pois observa-se as condições ambientais para a ocorrência da ferrugem asiática da soja em todos os meses do ano, no estado do Rio Grande do Sul.

Downloads

Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Ciências Agrárias - Pesquisa (TCC) - Campus Cerro Largo