SIMULANDO PEGADAS FÓSSEIS: UMA EXPERIÊNCIA DIDÁTICA NO ENSINO DE CIÊNCIAS

Autores

  • Elisangela Ferreira dos Santos Universidae Federal da Fronteira Sul - Campus Cerro Largo
  • Paula Vanessa Bervian
  • Rosangela Ines Matos Uhmann
  • Eliane Gonçalves do Santos

Palavras-chave:

fossilização, tempo geológico, experimentação, ensino de ciências

Resumo

As atividades práticas no ensino de Ciências possibilitam maior engajamento e interação dos estudantes, propiciando a aprendizagem dos alunos. Este trabalho relata a experiência desenvolvida com alunos do 6º ano de uma escola municipal da Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, por meio do Projeto Interdisciplinar do curso de Ciências Biológicas – Licenciatura da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). A proposta integrou o componente curricular Prática de Ensino: Experimentação no Ensino de Ciências e abordou o tema “História da vida e registro fóssil”, previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), na habilidade EF06CI12. A atividade foi organizada em dois momentos, totalizando 50 minutos. Inicialmente, foi realizada uma discussão teórica sobre fósseis, sua formação, importância científica e a existência de sítios paleontológicos no estado do Rio Grande do Sul. Na sequência, os estudantes realizaram a atividade “Simulando Pegadas Fósseis”, confeccionando uma massa caseira com farinha, sal, água e tinta guache, na qual utilizaram moldes de pés, folhas e ossos para simular marcas preservadas ao longo do tempo geológico. Durante a atividade, os alunos participaram ativamente, demonstrando entusiasmo, curiosidade e levantando questionamentos relevantes, como “QUANTO TEMPO LEVA PARA UM FÓSSIL SE FORMAR?”. A experiência possibilitou compreender de forma lúdica e concreta conceitos como fossilização, tempo geológico e preservação de registros fósseis, que muitas vezes aparecem de forma abstrata nos livros didáticos. Além de favorecer a aprendizagem de conhecimentos conceituais, a atividade estimulou a aprendizagem de conhecimentos procedimentais como habilidades de observação, registro, análise e discussão em grupo, em concordância com os princípios da BNCC, que valorizam a investigação e o protagonismo discente. A atividade contribuiu para aproximar os alunos do conhecimento científico, tornando o processo de fossilização mais acessível e compreensível. Assim, os estudantes desenvolveram reflexões sobre a história da vida e o papel da ciência na reconstrução do passado da Terra. Dessa forma, a atividade reafirma a importância da integração entre teoria e prática no ensino de Ciências, especialmente no contexto da Educação Básica.

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Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Ciências Biológicas - Ensino - Campus Cerro Largo