ESCOLA DE EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL E EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA

Autores

  • MARILUXA PILLA UFFS
  • Itauana Rodrigues
  • Sonize Lepke

Palavras-chave:

INCLUSÃO. PRÁTICAS DE ENSINO. DESAFIOS.

Resumo

Nos últimos anos as escolas públicas vem implementado gradativamente a educação em tempo integral. Atendendo, a meta 6 do Plano Nacional de Educação que visa ampliação da jornada. Buscando atender um número significativo de alunos, atendendo também aos alunos público da educação especial. Assim, propomos como objetivo investigar o impacto da Educação em Tempo Integral no acesso, permanência e aprendizagem dos estudantes com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades e superdotação. Estabelecemos como objetivos específicos: a) Observar se o tempo de permanência na escola em tempo integral proporcionou maior autonomia nas atividades sociais e diárias; b) analisar ações, atividades esportivas e culturais atendem as necessidades dos alunos com e sem deficiência, transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades e superdotação; c) Investigar os aspectos positivos e as dificuldades enfrentadas pelos alunos diante a ampliação da jornada. Como suporte teórico utilizamos Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro. Enquanto metodologia optamos por realizar um estudo de caso. Os dados serão coletados numa escola da rede estadual da região norte do Estado do Rio Grande do Sul no qual as autoras desta pesquisa atuam como professoras e por ser uma escola de periferia, difícil acesso e com situações de violência recorrentes no entorno da mesma. Após definir o problema de pesquisa, objetivo, metodologia e local de desenvolvimento da mesma, retomamos as referências que orientam a educação de tempo integral. A escola é um tempo e espaço de aprender para todos, a educação é a possibilidade de construir  uma sociedade democrática, desenvolvida e justa, e talvez seja condição básica para o desenvolvimento da cidadania. Assim, o acesso de todos à educação constitui-se num direito humano. Para John Dewey (1859-1952), filósofo norte-americano que influenciou muitos educadores de várias partes do mundo, acreditava na “educação como reconstrução da experiência”. Segundo Moll (2011, p. 12), o projeto educacional desses educadores transcendia a questão do aumento da jornada escolar, mas a sua ampliação era uma das condições para uma formação abrangente, que abarcasse o campo das ciências, das artes, da cultura, do mundo do trabalho, por meio do desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, político, moral, que pudesse incidir na superação das desigualdades sociais mantidas, se não reforçadas, pela cultura escolar. A educação de tempo integral foi pensada e teve tentativas de ser efetivada, num contexto muito diferente do atual, em que os estudantes com deficiência ou aqueles denominados de dificuldade de aprendizagem não acessaram ou não permaneciam nas escolas comuns. No atual contexto com arcabouço legal que garante a inclusão do público da educação especial e implementação educação em tempo integral novas demandas surgem. Portanto, a escola terá que reorganizar os seus espaços e tempo, modificar suas práticas pedagógicas, também ofertar serviços colaborativos entre o professor da sala de aula comum e o professor do Atendimento Educacional Especializado. Ressaltamos que a presente pesquisa está em andamento e ainda não apresenta dados conclusivos. Porém, entendemos que a escola, através da gestão escolar e professores está diante de mudanças estruturais significativas para promover a garantia de acesso, permanência e aprendizagem à todos.

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Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Ciências Humanas - Ensino - Campus Erechim