A PRODUÇÃO DE QUEIJOS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO DE CIÊNCIAS:RELATO DE EXPERIÊNCIA NO CLUBE DE CIÊNCIAS EM MANFRINÓPOLIS–PR

Resumo

O presente trabalho relata a experiência de abordar sobre a produção de queijos para adolescentes do ensino fundamental em uma cidade do Sudoeste do Paraná, como estratégia prática e contextualizada do ensino científico em parceria do projeto “Queijo Artesanal São Cristóvão”. A metodologia consistiu na aplicação de sete aulas realizadas no primeiro semestre de 2025 para 13 alunos com idade aproximadamente de 12 anos do Colégio Estadual São Cristóvão de Manfrinópolis-PR. Os temas abordados foram: composição do leite; obtenção do leite; análises físico-química do leite; produção de queijo; queijo maturado e fresco, artesanal e industrializado; derivados lácteos; diferentes tipos de queijo. Foram preparados materiais de ensino, como vídeos curtos, roteiros de aulas e atividades que foram aplicadas aos alunos. Todo material foi enviado previamente à professora responsável, que também contribuiu na adaptação do conteúdo para posterior aplicação. Dos resultados obtidos pôde-se perceber que, no início da abordagem de alguns temas, havia certa desatenção e dispersão por parte de alguns alunos. No entanto, à medida que as atividades eram desenvolvidas, a atenção e o interesse da turma foram gradualmente conquistados. Ainda que houvesse sempre um ou outro aluno mais disperso, o envolvimento geral se mostrou satisfatório. Foi possível observar participação efetiva nas dinâmicas realizadas, com interações e contribuições que enriqueceram a troca de conhecimento. Um exemplo marcante foi a iniciativa de um aluno que realizou uma demonstração prática sobre o fenômeno da densidade, conceito que estava sendo trabalhado em uma das aulas práticas. De modo geral, a mensagem central e o conhecimento que embasam o projeto foram transmitidos de forma clara e acessível, o que pode resultar na disseminação desse conhecimento para familiares. Foi possível concluir então que a utilização da produção de queijos como estratégia de ensino mostrou-se eficaz para despertar o interesse dos estudantes e promover a aprendizagem de conceitos científicos de forma prática e contextualizada. A participação ativa, as interações observadas e o envolvimento crescente ao longo das aulas indicam que a abordagem contribuiu para aproximar o conteúdo escolar da realidade dos alunos, favorecendo não apenas a compreensão teórica, mas também a aplicação prática do conhecimento adquirido.