PROJETO DE EXTENSÃO – EDUCAÇÃO AMBIENTAL INCLUSIVA PARA ESTUDANTE COM DEFICÊNCIA FÍSICA E TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE - TDAH

Resumo

A importância da inclusão e as possibilidades de sua real implementação tem sido tema de muitos debates, pois é preciso atender o que dispõe a legislação, tanto em âmbito mundial quanto nacional, entretanto, na prática, ainda é um grande desafio fazer essa garantia, pois a efetivação está muito além dos textos legislativos, relacionando-se com várias dimensões, de caráter arquitetônico, comunicacional, metodológico, instrumental, programático e atitudinal. O curso de graduação em Educação Especial e Inclusiva – Segunda Licenciatura, oferecido pela UFFS traz como um de seus objetivos a formação de professores com conhecimentos e habilidades para promover e atuar em ambientes educacionais inclusivos, com foco em estudantes com deficiências, transtornos e superdotação/altas habilidades. A formação vem ao encontro de uma necessidade eminente do contexto educacional atual que tem recebido cada vez mais esse público da educação especial. Diante desta proposta e demanda, a disciplina de Extensão: Diagnóstico Educacional, ministrada pela Professora Dra. Ceyça Lia Palerosi Borges, proporcionou a elaboração de diagnóstico, por meio da aplicação de questionários, para levantamento de dados sobre as necessidades de promoção de acessibilidade para um estudante com diagnóstico de Distrofia Muscular de Duchenne (CID 10: G71.0) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, do tipo combinado (CID 10: F90.2), prevendo sua participação em práticas de extensão. Para este estudo a prática extensionista foi uma atividade de educação ambiental em uma trilha situada dentro da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Laranjeiras do Sul, denominado “Trilha da Nascente”. O diagnóstico, realizado com os professores que atuam na sua turma de matrícula no ensino regular, sendo o 4º ano do Ensino Fundamental – anos iniciais, e também com a mãe do aluno incluso, serviu como subsídio para as adequações necessárias na trilha. Considerando a combinação de limitações, físicas e neurológicas, e o quadro atual apresentado pelo estudante analisado, a proposta de participação na atividade contou com um planejamento universalizado, tendo material de apoio para o seu deslocamento na trilha, paradas estratégicas que proporcionassem o reestabelecimento da sua condição física, atividades de incentivo à concentração contando com o uso de imagens, fantoches e jogos, todos voltados à construção de conhecimentos, pautados na educação inclusiva. Dessa forma, a proposta desenvolvida reafirma a importância da inclusão como princípio fundamental para a construção de uma educação verdadeiramente equitativa e acessível a todos. O planejamento baseado no diagnóstico das necessidades específicas do estudante possibilitou não apenas sua participação efetiva na atividade extensionista, mas também demonstrou como a escuta sensível e o compromisso com as adaptações são essenciais para romper barreiras e garantir o direito à aprendizagem. A experiência evidencia ainda o papel transformador da extensão universitária na formação de professores, ao articular teoria e prática em ações concretas de promoção da educação especial e inclusiva.