TRILHA SENSORIAL INCLUSIVA: EXPERIÊNCIA LÚDICA E ADAPTADA PARA CRIANÇA AUTISTA NO PRÉ II
Palavras-chave:
Autismo; Inclusão Escolar; Educação Infantil; Atividade Sensorial; Extensão Universitária.Resumo
A inclusão escolar demanda propostas pedagógicas que valorizem a singularidade de cada estudante, especialmente quando se trata de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Este resumo apresenta uma atividade de extensão desenvolvida para um aluno autista, nível de suporte 2, frequentando o Pré II (5 anos), com foco em promover experiências sensoriais, lúdicas e inclusivas no contexto de uma trilha, denominada Trilha da nascente, situada na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Laranjeiras do Sul.
A proposta foi elaborada considerando as especificidades de comunicação do aluno não verbal, utilizando o Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (PECS), recursos visuais e estratégias de reforço positivo. Para conhecer estas particularidades, foi realizado um diagnóstico com os docentes responsáveis por este aluno, levando em consideração a atividade de extensão proposta. Após analisar as informações obtidas no diagnóstico a atividade de extensão foi adaptada e planejada para este aluno incluso. O percurso foi organizado em etapas, contemplando observação da natureza, contação de histórias, músicas, exploração sensorial e, por fim, a dinâmica do “baú do tesouro”, com partilha de chocolates entre os colegas.
Cada parada da trilha foi planejada para estimular diferentes sentidos tais como visão, audição e tato, utilizando recursos como mapas visuais, cartões PECS e reforços positivos, assegurando a compreensão e a participação do aluno. Entre os pontos trabalhados destacam-se: o som da água no cano, a travessia da ponte de madeira, a observação das abelhas com música e história, o contato visual com samambaias, a coleta de pinhas junto à araucária e, por fim, a dinâmica de amizade e partilha no banco de madeira, com o baú do tesouro.
Como resultados esperados, a atividade possibilitou maior engajamento do aluno em tarefas coletivas, estímulo à comunicação funcional, ampliação da percepção ambiental e fortalecimento de vínculos afetivos com colegas e adultos. Além disso, o trabalho evidenciou que a inclusão efetiva ocorre quando há planejamento intencional, respeito às especificidades e uso de estratégias pedagógicas adaptadas.
Assim, a oficina de extensão Trilha da Nascente se constituiu como um espaço formativo não apenas para o aluno autista, mas também para os demais participantes, que vivenciaram valores de empatia, amizade e cooperação, fortalecendo a perspectiva da educação inclusiva no ambiente escolar e o respeito e cuidado com o meio ambiente.
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