VIVÊNCIAS E DESCOBERTAS NO SUS

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Breno Silva Gomes UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
  • Thalia Araújo Bezerra
  • Lívia de Oliveira Sabioni
  • Carlos Augusto Macedo Callou
  • Vanderléia Laodete Pulga

Palavras-chave:

Imersão; Saúde Coletiva; Sistema Único de Saúde; Atenção Primária em Saúde

Resumo

As práticas de imersão realizadas na Saúde Coletiva são disponibilizadas aos acadêmicos da Universidade Federal da Fronteira Sul do primeiro ao oitavo período do curso de Medicina. Essas vivências permitem aos estudantes conhecerem as  ferramentas que o Sistema Único de Saúde – SUS – oferece à sociedade. As imersões são realizadas de acordo com os conteúdos da disciplina, a partir da práxis que alia teoria e prática no fortalecimento da construção compartilhada de saberes, onde viabiliza a entrada dos discentes nos territórios de abrangência de uma Estratégia de Saúde da Família – ESF – e também a atuação em práticas clínicas, proporcionando aos educandos compreender os sujeitos como seres biopsicossociais que buscam amparo e cuidado nos serviços de saúde. As imersões promovem um aprendizado mais amplo, buscando apoiar-se nas necessidades de saúde que emergem em cada território, equipamento, profissional ou equipe do SUS, levando em consideração o meio de inserção, a realidade e a cultura do local, para que a prática em saúde seja efetiva. As vivências ressaltam a importância da conquista do SUS como um direito de todos e um dever do Estado, mas também permite que os estudantes conheçam as contradições e desafios que este sistema apresenta. Conhecer as dificuldades e limitações do sistema é essencial para a construção da práxis onde o acadêmico saiba a diferença que existe entre a prática e a teoria que é ensinada nas aulas, aproximando as mesmas e contribuindo para ter um olhar mais crítico e assertivo, a refletir e a construir estratégias de superação das dificuldades existentes, aprendendo a ser propositivo e a construir junto com as equipes de saúde e os atores sociais existentes nos territórios da Atenção Primária em Saúde que provavelmente será o primeiro vínculo empregatício do egresso. É perceptível que as imersões na prática da saúde coletiva são uma ferramenta potente, pois elas viabilizam a compreensão dos princípios da Integralidade, Equidade e Universalidade do SUS. Inserir o acadêmico no território tem impactos significativos na sua formação, pois possibilita uma melhor compreensão e análise dos processos de adoecimento, possibilitando avaliar como os determinantes sociais em saúde – DSS – podem promover ou agravar o quadro da saúde dos sujeitos, mas, principalmente, como elas impactam as coletividades. O processo de incorporações de estudantes de medicina nessas extensões, além dos locais habituais onde médicos se inserem, como os consultórios, é de grande importância para que a APS consiga dar assistência integral e de qualidade para os usuários e que compreenda as suas vulnerabilidades, para projetar melhores planos de atuação. Em síntese, é notável a potencialidade que as imersões têm como ferramentas de aprendizagem sobre o SUS com os sujeitos que fazem o SUS acontecer e que agrega aos acadêmicos. Além disso, contribui para a compreensão sobre como o processo de saúde-doença está contido além do problema de saúde que o paciente apresenta no seu contexto de vida. Essa experiência já no começo da formação acadêmica proporciona uma visão abrangente e prudente da medicina, preparando o futuro médico para cuidar das pessoas de forma integral.

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Publicado

03-10-2024

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Ensino - Campus Passo Fundo