INCIDÊNCIA DOS CASOS DE SÍFILIS NO BRASIL E EM CHAPECÓ ENTRE 2020 E 2022: ANÁLISE COMPARATIVA

Autores

  • Robison David Rodrigues Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Tânia Aparecida de Araújo
  • Renne Rodrigues

Palavras-chave:

Sífilis; Epidemiologia; Chapecó/SC; Brasil.

Resumo

A diminuição da incidência de sífilis é uma das principais diretrizes da política de
enfrentamento de infecções sexualmente transmissíveis no Brasil. No entanto, a presença e
a propagação dessa doença são influenciadas por uma série de fatores culturais e sociais, o
que resulta em variações significativas na taxa de incidência em diferentes regiões do país.
O estudo tem como objetivo realizar uma análise comparativa da incidência, e de
possíveis causas, de sífilis adquirida no Brasil e no município de Chapecó/SC, no período
de 2020 a 2022. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória e retrospectiva, com
abordagem quantitativa. Utilizaram-se os dados das fichas de investigação dos casos
confirmados de sífilis adquirida, gestacional e congênita provenientes do Sistema de
Informação de Agravos de Notificação referente ao período de 2020 a 2022. Em 2020, a
taxa de sífilis adquirida no Brasil foi de 54,45 por 100.000 habitantes. No ano seguinte,
essa taxa aumentou para 78,55. Em 2022, a taxa foi de 99,47 por 100.000 habitantes. Isso
indica um crescimento constante na taxa de sífilis adquirida, com um aumento acentuado
de 2020 para 2021 e uma elevação mais moderada de 2021 para 2022. No município de
Chapecó/SC, o cenário não difere do observado nacionalmente, com um aumento nas
taxas de contaminação: 234,4 casos por 100.000 habitantes em 2020, 307,1 casos por 100
mil habitantes em 2021 e 314,5 casos por 100 mil habitantes em 2022. Chapecó
apresentou taxas de sífilis adquirida consistentemente superiores às observadas no Brasil,
evidenciando um aumento substancial na incidência da doença. Os dados indicam um
crescimento preocupante nos casos de sífilis no Brasil, embora alguns avanços tenham
sido registrados em termos de controle e prevenção. É fundamental continuar aprimorando
as políticas públicas de saúde para combater a sífilis, focando na prevenção, diagnóstico
precoce e tratamento adequado para reduzir a transmissão e os impactos da doença,
especialmente em áreas com altas taxas de incidência como Chapecó.

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Publicado

13-10-2024

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Pesquisa - Campus Chapecó