IMPACTO DE ÁGUA DO RIO DIVISA CONTAMINADA COM IMIDACLORPRIDO SOBRE A REPRODUÇÃO DE COLÊMBOLOS NO SOLO

Autores

  • Yuri Roso Tamioso Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Allan Carlos Versa Bordignon Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó
  • Felipe Ogliari Bandeira Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó
  • Leandro Bassani Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó
  • Paulo Roger Lopes Alves Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó

Palavras-chave:

Folsomia candida; Agrotóxicos; Filtração lenta; Poluição do solo; Neossolo.

Resumo

Brasil, o consumo anualmente tem sido superior a 300 mil toneladas de agrotóxicos comercializados. Esses produtos têm sido usados no controle de pragas que dificultam a produtividade e o desenvolvimento no plantio agrícola, porém, esse cenário têm permitido a utilização contra a natureza de uma maneira descontrolada e inevitável, que por conseguinte, incide em um efeito no meio ambiente. Nesse contexto o Imidacloprido, um inseticida neonicotinóide amplamente utilizado para o controle de pragas agícolas e tratamento de sementes, tem gerado preocupações ambientais, tais como sua presença água de rios, que inclusive pode ser ulizada como fonte de irrigação agrícola. Portanto, a busca por tecnologias práticas e simples em baixa escala de tratamento de águas contaminadas com agrotóxicos, sem a adição de coagulantes como o processo convensional, se torna uma importante ferramenta na sustenbilidade ambiental pela descontaminação da água e prevenção da conaminação dos solos irrigados. Entre as técnicas com esse pontencial, destaca-se a da filtração lenta, que constitui num sistema que busca filtrar a água panssando-a através da areia em uma baixa taxa de filtração, cerca de três à seis m³/m² dia, no qual origina a formação de um biofilme responsável para a remoção de cor, turbidez e microorganismos. Assim sendo, torna-se uma necessidade avaliar a possibilidade de remoção do Imidacloprid por meio avaliações ecotoxicológicas do afluente e efluente, no qual passa pelo sistema de tratamento de filtração lenta. O presente estudo é uma primeira etapa de um projeto onde se pretende verificar o potencial toxicológico do Imidacloprido sobre colêmbolos da espécie Folsomia candida, após amostras de água contaminadas serem tratadas em um piloto de um sistema de tratamento por filtração lenta. Para tanto, nessa primeira etapa, foi realizada a caracterização do perigo do inseticida para os colêmbolos seguindo a norma ISO de acordo com a norma ISO 11267. Para tanto, indíviduos de F. candida foram expostos a amostras de  um Neossolo Quartzarênico, contendo os seguintes tratamentos: controle, onde foi aplicada apenas água coletada do Rio Divisa (UFFS), e cinco concentrações do imidacloprido diluídas na água do rio, sendo a C1 = 0,1 mg/kg de solo seco, C2 = 0,2 mg/kg, C3 = 0,4 mg/kg, C4 = 0,8 mg/kg e C5 = 1,6 mg/kg. Para cada tratamento, foram realizadas cinco repetições. O ensaio teve duração de 28 dias e foi realizado em um ambiente com fotoperíodo 12 horas e com temperatura de 20 °C. Ao final do teste, o conteúdo dos recipientes foi submerso em água contendo tinta preta nanquim e as réplicas foram fotografadas para  que posteriormente o juvenis gerados fossem contados por meio do software ImageJ ®. Os resultados indicaram que todas as concentrações do imidacloprido foram significativamente tóxicas para os colêmbolos, sendo a concentração que reduziu em 50% a população da espécie (CE50) estimada em 0,07 mg/kg. A partir desses resultados, a próxima etapa do estudo avaliará uma concentração próximas da CE50 para medir a eficiência do sistema de filtração lenta.

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Publicado

13-10-2024

Edição

Seção

Engenharias - Pesquisa - Campus Chapecó