ANESTESIA PARA REDUÇÃO DE LUXAÇÃO E FIXAÇÃO DE COLUNA TORÁCICA EM FELINO
RELATO DE CASO
Palavras-chave:
Acidente, Incapacidade de locomoção, Medula espinhal, Medicina VeterináriaResumo
A luxação de coluna torácica em felinos geralmente é causada por trauma mecânico e gera dor severa e incapacidade de locomoção do animal. A prática de anestesia multimodal nesses casos é de suma importância para que o tratamento e correção da lesão sejam efetuados de forma que a presença de dor seja mínima, visando maior bem-estar animal proporcionado pela analgesia em todo o período perioperatório. O resumo relata o caso de um paciente felino que sofreu trauma mecânico por atropelamento, de 3,350 Kg, que foi submetido a um procedimento cirúrgico de correção de luxação e fixação de coluna torácica nas dependências da Superintendência Unidade Hospitalar Veterinária Universitária (SUHVU) da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Realeza, Paraná. O animal foi categorizado como ASA (American Society of Anesthesiologists) III, cujo protocolo anestésico foi composto por medicação pré-anestésica, indução e manutenção. Para a medicação pré-anestésica, optou-se pelo uso de metadona e midazolam por via intramuscular. A indução deu-se por propofol e a manutenção realizada através de anestesia parcialmente intravenosa, com uso de fentanil e lidocaína sem epinefrina, além do gás isoflurano. O paciente manteve parâmetros hemodinâmicos e respiratórios estáveis no pré e trans-cirúrgico, visto que a medicação pré anestésica proporcionou leve sedação, relaxamento muscular e analgesia, com exceção de uma baixa de temperatura no transcirúrgico, causada pela exposição de musculatura e coluna vertebral. No pós-operatório foi aplicado dexametasona por via intravenosa, visto que o animal apresentou sinais clínicos compatíveis com o fenômeno de Schiff-Sherington, possivelmente causados pela edemaciação de tecidos adjacentes à coluna torácica recém operada. Após o procedimento cirúrgico a temperatura do animal foi estabilizada. A recuperação do animal dependerá do grau de lesão ocasionado pela compressão da medula espinhal e o posterior tratamento pós cirúrgico, envolvendo o uso de fármacos para controle da dor e fisioterapia.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.