EU ME VEJO

A FOTOGRAFIA NA COMPOSIÇÃO DOS ESPAÇOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Resumo

Este estudo tem como foco a composição de espaços na Educação Infantil. O objetivo principal é compreender como as professoras organizam sua prática pedagógica a partir da ideia de pertencimento que as fotografias das crianças proporcionam. As imagens fotográficas constituem uma interessante possibilidade para a construção de narrativas, não apenas do que é visualizado, mas também com base no que é interpretado e compreendido pelo observador. Elas permitem transmitir histórias complexas, emoções e significados, ao capturar momentos específicos que evocam uma resposta emocional ou intelectual. A criança, na Educação Infantil, passa a ampliar suas relações com o meio social e cultural, estabelecendo novos vínculos e descobrindo mais sobre si mesma. Nesse sentido, as fotografias despertam emoções presentes em memórias vividas e registradas, que quando evidenciadas, podem acolher a criança em ambientes fora do seu contexto familiar. Nesse sentido, surge a seguinte problemática: De que maneira a exposição de fotografias das crianças e de suas famílias no ambiente escolar pode promover o sentimento de pertencimento na Educação Infantil? Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de abordagem descritiva-interpretativa, que conta com a participação de professoras que vivenciaram uma reestruturação curricular voltada aos contextos de aprendizagem e ambientes da escola. O termo “professoras” está no gênero feminino, tendo em vista que a escola escolhida para a coleta de dados é composta, na Etapa da da Educação Infantil, por professoras regentes. A coleta de dados será realizada com o auxílio do Google Formulários, em que serão analisadas narrativas das perspectivas e observações das educadoras. Essas narrativas destacarão a importância das fotografias de crianças e famílias expostas no contexto escolar como uma proposta acolhedora e que promove o sentimento de pertencimento ao ambiente educacional. Além disso, essas imagens ajudam a atribuir valor às experiências vividas fora da escola, criando uma conexão significativa entre a vida cotidiana dos alunos e o ambiente escolar, fortalecendo a identidade e a inclusão de todos os envolvidos.