Reconhecimento da unidade de saúde

A experiência de um grupo PET-Saúde equidade no ano de 2024

Autores

  • Carolina Maliska Haack Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Laura de Castro Vivan
  • André Batista dos Santos
  • Thamirys Fernanda Santos Candido
  • Jéssica Bartholamey
  • Saionara Vitória Barimacker
  • Francielli Girardi
  • Eleine Maestri

Palavras-chave:

Saúde, Equidade, Sistema Único de Saúde, Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde

Resumo

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) é realizado em colaboração pelos ministérios da Educação e da Saúde, e tem como principal objetivo a integração do ensino, serviço e comunidade, a partir da disseminação de conhecimentos entre acadêmicos, profissionais da saúde e a sociedade, gerando uma rede múltipla de produção de conhecimento e ações em saúde.  A edição de 2024 está focada na  valorização dos profissionais e futuros profissionais da saúde e tem como finalidade contribuir com a formação, criar e ampliar os elementos geradores de valorização profissional no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), considerando questões de gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiências. O objetivo deste relato é descrever o reconhecimento da unidade de saúde por um grupo do PET-Saúde Equidade. O grupo foi composto por estudantes dos cursos de graduação em Enfermagem, Medicina, Psicologia, Pedagogia e Ciências Sociais, vinculados à 11° edição do programa PET-Saúde Equidade, no município de Chapecó-SC, e realizou visitas de reconhecimento ao Centro de Saúde da Família (CSF) Efapi no período de junho à julho de 2024. As visitas de reconhecimento da unidade foram realizadas com o acompanhamento das preceptoras que atuam na unidade e fazem parte do grupo PET, em três ou quatro dias da semana, conforme a necessidade do grupo. Definiu-se a carga horária de 4 horas para cada encontro, onde os estudantes, organizados em subgrupos, inicialmente observaram a estrutura física do local, a divisão de trabalho e os atendimentos e o fluxo dos usuários no sistema. Para isso, foi utilizado um roteiro estruturado em quatro eixos: Informações gerais; Serviços oferecidos na unidade; Territorialidade; e Estratégia Saúde da Família. Diante da conclusão das observações, nas últimas semanas de atividade o grupo desenvolveu e aplicou um questionário, por meio do Google Forms, respondido presencialmente pelos profissionais de saúde da unidade, relacionados a aspectos gerais de segurança no trabalho e aspectos subjetivos do ambiente laboral, como as relações interpessoais entre a equipe multiprofissional. Da estrutura física, elencou-se o intenso fluxo na unidade, visto que o Centro de Saúde da Família em questão atende mais de 25 mil usuários, distribuídos em 6 áreas, em 36 microáreas de abrangência. São realizados mais de 600 atendimentos diários, classificados em dois eixos principais, consultas multiprofissionais e atendimentos em geral. Há 6 equipes de Estratégia de Saúde da Família na unidade, cada uma composta por um médico, uma enfermeira, 4 auxiliares de enfermagem e seis Agentes Comunitárias de Saúde (ACS), que atendem cerca de 4.166 usuários cada. Foi possível analisar que o local segue corretamente os espaços preconizados pela Política Nacional da Atenção Básica. Dentre o caráter subjetivo, notou-se intensa satisfação dos trabalhadores quanto à equipe e seus respectivos trabalhos. Conclui-se que o PET proporciona aos participantes o reconhecimento da unidade de saúde, do território e da implementação dos princípios do SUS. bem como, possibilita vislumbrar como ocorrem as relações interpessoais dos trabalhadores entre si e com os usuários do serviço.

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Publicado

25-09-2024

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Extensão & Cultura - Campus Chapecó