O PENSAMENTO AMERÍNDIO PARA UMA OUTRA ESCRITA DA HISTÓRIA

VISITA A TRÊS TRABALHOS ACADÊMICOS

Autores

  • Eduarda Dumke Ribas UFFS/Discente
  • Allan Kardec da Silva Pereira

Palavras-chave:

multinaturalismo; pensamento ameríndio; historicidade; xamanismo; cosmohistoria.

Resumo

O presente trabalho faz um visita a três produções acadêmicas de avaliação e apresentação de autoria própria que se inserem para pensar tendências historiográficas contemporâneas ou outros regimes de historicidade, ou melhor, a cosmohistória (LINARES). Começando da mais antiga para a mais recente, essas produções de trabalhos para as avaliações de disciplinas começaram em uma cadeira optativa de Etnologia Indígena (2022/02), no quarto semestre, onde uma das avaliações era um artigo de tema livre. O artigo de avaliação intitulado “O xamã como diplomata entre mundos: perspectivismo ameríndio”, fazia uma visita bibliográfica desde autores como Tânia Stolze Lima e Eduardo Viveiros de Castro para falar sobre o complexo ontológico e epistemológico ameríndio chamado perspectivismo e multinaturalismo. O trabalho pode se localizar mais em uma revisão do tema. O segundo trabalho faz parte da disciplina de América I (2023/01), em que o artigo intitulado “A sobrevivência da serpente contra o colonialismo”, que mais tarde foi renomeado “Devir-quetzalcoatl: o nachleben (sobrevivência) das imagens da serpente” por conta de uma revisão para capítulo de livro. Neste trabalho recupera-se três obras de três artistas com temas envolvendo serpente: Denilson Baniwa, “Aquela gente que vira bicho”; Jaider Esbell, “Entidades"; e Xul Solar “Dragon”. Na análise, as três obras fazem uma referência ainda que discreta e não-dita a serpente emplumada dos antigos mexicas, a serpente Quetzalcoatl. Mais que isso, são produtoras ou destruidoras de tensões e mundos. O último trabalho de produção e apresentação acadêmica, reunia até aquele momento da apresentação no Encontro de Pesquisa em Teoria da História e História da Historiografia - EPETH (2023/02), na UFRGS, o que já estava sendo pesquisado a partir dos trabalhos aqui descritos e também desde Teoria da História III, onde pude estabelecer melhor os debates entre História e Antropologia. O trabalho apresentado em evento intitulado “Outros modos de construir a história: a consciência histórica da perspectiva do xamanismo”, tentou e segue pensando nas aproximações e interrogações que o pensamento amerídio pode produzir dentro da disciplina historiográfica. Os três trabalhos inserem-se ainda que de modo pouco maduro, no debate mais contemporâneo da disciplina historiográfica. Talvez, diria-se que esses trabalhos descreveram a forma diplomática xamânica pelo ritual ou pelo artístico a criação de uma contingência no campo da história como disciplina, os três convergem para pensar a criação de mundos e tempos possíveis. 

 

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Publicado

14-10-2024

Edição

Seção

Ciências Humanas - Ensino - Campus Erechim