AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIOMASSA VEGETAL DE ESPÉCIES DE INGÁ COMO ADUBADEIRAS EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS DO TIPO CULTIVO EM ALEIAS

Autores

  • Renan Nogueira Nogueira dos Santos Nunes UFFS
  • Thiago Trento
  • Vitor Guilherme Santos de Santana
  • Viviane da Silva
  • Julian Perez-Cassarino
  • Manuela Franco de Carvalho da Silva Pereira
  • Luciano Tormen

Palavras-chave:

Adubação, Agroecologia, Nativas, Manejo, Agroflorestais

Resumo

O estudo investiga o potencial do ingá, uma leguminosa da subfamília Mimosoideae, em

sistemas agroflorestais (SAFs) para melhorar a fertilidade do solo e reduzir o uso de

fertilizantes químicos e agrotóxicos. O ingá é conhecido por sua capacidade de formar

associações simbióticas com bactérias do gênero Rhizobium, o que contribui para a fixação

de nitrogênio no solo. O principal objetivo é avaliar o potencial dos SAFs de cultivos em

aléias como alternativa sustentável para a produção agrícola. Especificamente, o estudo visa

avaliar o desenvolvimento de duas espécies de ingá (Inga vera e Inga marginata), medir o

tamanho dos brotos e o volume de biomassa produzida, analisar a composição química da

biomassa e recomendar espécies florestais nativas para uso em SAFs. A pesquisa foi

realizada na Vitrine Agroecológica Vilson Nilson Redel, em Cascavel-PR. A área de estudo

foi subdividida em duas partes: SAF 1 e SAF 2, com diferentes configurações de plantio. As

espécies de ingá foram podadas a 0,5 m de altura para produção de biomassa. Foram

realizadas medições de altura, diâmetro e peso dos galhos, separando-os em dois grupos:

ramos com menos de 3 cm de diâmetro e ramos com mais de 3 cm de diâmetro. Amostras de

biomassa foram secas em estufa e analisadas quimicamente para determinar a concentração

de nutrientes. A análise de variância mostrou que ambas as espécies de ingá têm potencial

significativo para a produção de biomassa e melhoria da fertilidade do solo. Os resultados

indicam que a biomassa de ingá pode contribuir para a cobertura do solo e contenção de

espécies invasoras. As tabelas apresentadas no estudo detalham o crescimento das plantas,

peso da biomassa e concentração de nutrientes. Conclui que o ingá tem um potencial

relevante para a fertilização de áreas agroflorestais, mas ressalta a necessidade de avaliações

a médio prazo para confirmar a capacidade de rebrota e produção contínua de biomassa. A

contribuição da biomassa para a fertilização do solo depende de fatores como a capacidade

de rebrota das árvores e a composição química da biomassa.

Downloads

Publicado

01-10-2024

Edição

Seção

Ciências Agrárias - Pesquisa - Campus Laranjeiras do Sul