AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIOMASSA VEGETAL DE ESPÉCIES DE INGÁ COMO ADUBADEIRAS EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS DO TIPO CULTIVO EM ALEIAS
Palavras-chave:
Adubação, Agroecologia, Nativas, Manejo, AgroflorestaisResumo
O estudo investiga o potencial do ingá, uma leguminosa da subfamília Mimosoideae, em
sistemas agroflorestais (SAFs) para melhorar a fertilidade do solo e reduzir o uso de
fertilizantes químicos e agrotóxicos. O ingá é conhecido por sua capacidade de formar
associações simbióticas com bactérias do gênero Rhizobium, o que contribui para a fixação
de nitrogênio no solo. O principal objetivo é avaliar o potencial dos SAFs de cultivos em
aléias como alternativa sustentável para a produção agrícola. Especificamente, o estudo visa
avaliar o desenvolvimento de duas espécies de ingá (Inga vera e Inga marginata), medir o
tamanho dos brotos e o volume de biomassa produzida, analisar a composição química da
biomassa e recomendar espécies florestais nativas para uso em SAFs. A pesquisa foi
realizada na Vitrine Agroecológica Vilson Nilson Redel, em Cascavel-PR. A área de estudo
foi subdividida em duas partes: SAF 1 e SAF 2, com diferentes configurações de plantio. As
espécies de ingá foram podadas a 0,5 m de altura para produção de biomassa. Foram
realizadas medições de altura, diâmetro e peso dos galhos, separando-os em dois grupos:
ramos com menos de 3 cm de diâmetro e ramos com mais de 3 cm de diâmetro. Amostras de
biomassa foram secas em estufa e analisadas quimicamente para determinar a concentração
de nutrientes. A análise de variância mostrou que ambas as espécies de ingá têm potencial
significativo para a produção de biomassa e melhoria da fertilidade do solo. Os resultados
indicam que a biomassa de ingá pode contribuir para a cobertura do solo e contenção de
espécies invasoras. As tabelas apresentadas no estudo detalham o crescimento das plantas,
peso da biomassa e concentração de nutrientes. Conclui que o ingá tem um potencial
relevante para a fertilização de áreas agroflorestais, mas ressalta a necessidade de avaliações
a médio prazo para confirmar a capacidade de rebrota e produção contínua de biomassa. A
contribuição da biomassa para a fertilização do solo depende de fatores como a capacidade
de rebrota das árvores e a composição química da biomassa.
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