ANÁLISE DE UM PROTOCOLO DE EXTRAVASAMENTO DE ANTINEOPLÁSICOS:
EXPERIÊNCIA EM UM DEPARTAMENTO DE ONCOLOGIA
Palavras-chave:
Protocolos de Enfermagem; Oncologia; Segurança do Paciente;Resumo
Os protocolos de enfermagem são responsáveis pelo aporte teórico e pela padronização da assistência desta categoria profissional, resultando em maior qualidade no processo de trabalho. Para além disso, possuem como objetivo a descrição específica do cuidado, guiando os profissionais na tomada de decisão em prol da prevenção, recuperação e reabilitação da saúde dos usuários. Dentro desta visão, destaca-se um evento adverso (EA) importante que resulta na necessidade da padronização das condutas: o extravasamento de agentes quimioterápicos, sendo considerado uma intercorrência grave da qual o enfermeiro tem a responsabilidade de prevenir, detectar, gerenciar o cuidado, manejo e a notificação. O objetivo do presente trabalho consiste em descrever um protocolo de extravasamento de antineoplásicos em uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON). Este resumo trata-se então de um relato de experiência, em um departamento oncológico no oeste catarinense, abrangendo o período de março a junho de 2024. O protocolo de extravasamento de antineoplásicos é amplamente utilizado na UNACON mencionada, cuja usabilidade inclui a internação oncológica, a oncologia pediátrica e o ambulatório de quimioterapia. Os antineoplásicos mencionados no protocolo são classificados como vesicantes, irritantes e não vesicantes; as drogas vesicantes causam toxicidade e danos agressivos ao tecido subjacente, sendo estas responsáveis por flebites, edemas, infiltração e necroses de coagulação no local afetado, já as drogas irritantes não causam infiltrações e possuem menor grau de comprometimento do tecido, contudo, ocasionam processos inflamatórios que devem ser avaliados, podendo causar sensibilidade álgica em diferentes proporções. Já as drogas não vesicantes, quando extravasadas, apresentam um risco menor de dano tecidual. O documento em questão ressalta 25 drogas com potencial de lesão e/ou irritação tecidual, sendo 13 destas medicações classificadas como vesicantes, contendo possibilidades de terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas na presença de extravasamento. Entre os tratamentos implementados destaca-se a utilização de compressas e o uso de medicações tópicas ou subcutâneas como: hialuronidase (tópica e subcutânea), dexametasona (via oral) e dimetilsulfóxido (tópico), trazendo também a fotobiomodulação como viabilidade. A escolha do antídoto depende do quimioterápico extravasado. Em caso de extravasamento, o EA deve ser notificado ao Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e ao Serviço de Oncologia, seguindo o protocolo descrito. A padronização dos cuidados de enfermagem melhora a qualidade e a segurança do atendimento, orientando o manejo na prática assistencial, garantindo um cuidado mais efetivo ao paciente oncológico, prevenindo a citotoxicidade cutânea e reduzindo os sinais e sintomas associados a essa adversidade no tratamento.
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