OCORRÊNCIAS DE ENCHENTES NO BRASIL

CONSEQUÊNCIAS E PREVENÇÕES

Autores

  • Felipe Devens Bitencourt UFFS erechim
  • Roberto Carlos Ribeiro

Palavras-chave:

inundações; urbanização; desastres naturais; mudanças climáticas

Resumo

Compreender os impactos das chuvas no Brasil é essencial para mitigar os efeitos das catástrofes naturais que ocorrem devido aos padrões de precipitação no país. A presente pesquisa bibliográfica, qualitativa, descritiva e explicativa tem como objetivo mapear algumas ocorrências de enchentes em cidades brasileiras, suas consequências e possíveis soluções. O tema está ligado ao interesse pelas recentes enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul no ano de 2024. Diante do ocorrido, cresce a busca de conhecimento sobre o efeito climático que tanto exigiu dos habitantes, governo e ajuda humanitária. Por ser evento recente, não se encontraram na pesquisa bibliográfica referências além de reportagens. Optou-se, nesse caso, por mapear outras enchentes que podem servir de comparativo para as atuais. Na discussão, pode-se afirmar que o histórico de inundações no Brasil destaca a vulnerabilidade das regiões, como evidenciado nos estudos documentais realizados para esta pesquisa. São exemplos as enchentes de 1855 em Santa Catarina e de 1941 em Porto Alegre, ambas com consequências devastadoras. Tais eventos revelam desafios críticos na ocupação do solo, infraestrutura urbana e na insuficiência das políticas públicas de prevenção e resposta. Incidentes mais recentes, como o deslizamento de terra em Sardoá, Minas Gerais, em 2013, ressaltam a vulnerabilidade das áreas rurais. Os resultados apontam que nessas regiões, as moradias estão frequentemente localizadas em encostas e áreas de risco, e a ausência de sistemas de alerta agrava as consequências das chuvas intensas. Além dos fatores naturais, a ação humana contribui significativamente para a intensificação desses eventos. A expansão urbana desordenada, a pavimentação excessiva e o manejo inadequado de resíduos sólidos, que obstruem os sistemas de drenagem, agravam a severidade das inundações. A desigualdade social exacerba ainda mais os danos, afetando desproporcionalmente as populações de baixa renda que residem em áreas periféricas e de risco. A urbanização em locais inadequados, frequentemente impulsionada por especulação imobiliária e pela falta de planejamento, perpetua um ciclo de vulnerabilidade ambiental. Projeções indicam que, com as mudanças climáticas globais, eventos extremos de chuva serão mais frequentes e intensos. O aquecimento global intensifica os ciclos de evaporação e precipitação, resultando em chuvas mais fortes e prolongadas. Concluiu-se que diante desse cenário, é imperativo que os governos brasileiros desenvolvam estratégias integradas de gestão de riscos, abrangendo desde a melhoria das infraestruturas urbanas até a promoção de práticas sustentáveis de urbanização, preservação de áreas naturais, e adoção de medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Políticas públicas alinhadas com as necessidades de prevenção e adaptação aos novos padrões climáticos são fundamentais para proteger vidas e promover o desenvolvimento sustentável. A implementação dessas políticas exige um esforço colaborativo entre governos, comunidades e sociedade civil, com ênfase na educação e conscientização sobre os riscos das enchentes e outros fenômenos naturais.

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Publicado

08-10-2024

Edição

Seção

Engenharias - Ensino - Campus Erechim