RISCO CLIMÁTICO DE OCORRÊNCIA DE FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA NO BRASIL

Autores

  • Nédia da Silva Giehl da Silva Giehl Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Bruna Bakalarczyk Caetano Bakalarczyk Caetano Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Lucas Kieling Adams Kieling Adams
  • Sidinei Zwick Radons Zwick Radons Universidade Federal da Fronteira Sul

Palavras-chave:

Phakopsora pachyrhizi, soja, umidade, temperatura

Resumo

O Brasil possui importância mundial na produção agrícola em especial da soja (Glycine max) onde ocupa a posição de maior produtor. A Ferrugem asiática é uma doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi que diminui drasticamente a produtividade do grão. Com essa compreensão, esse trabalho propõe avaliar o risco climático para a ocorrência de ferrugem asiática da soja nos estados brasileiros. Pretende ainda comprovar quais os meses do ano são mais favoráveis para a ocorrência da temperatura e umidade relativa do ar no desenvolvimento do patógeno. Foram coletados dados sobre os horários, das estações meteorológicas automáticas do Instituto Nacional de Meteorologia, desde a data de fundação até dezembro de 2023. Os valores de risco climático para a ocorrência de ferrugem asiática da soja foram calculados diariamente, obtidos através da duração do molhamento foliar, em horas, e da temperatura do ar durante este período. Para obtenção deste valor, foram considerados os períodos em que a umidade relativa do ar foi maior que 85%, na sequência utilizando uma planilha, foi feito o somatório das horas em que ocorreu molhamento foliar em cada dia. A função resposta à duração do molhamento foliar varia de 0 a 1 e, representa o risco para a ocorrência da doença em função do tempo que a umidade relativa do ar é superior à 85%. Os dados foram organizados e avaliados para médias mensais e anuais para cada estação meteorológica, sendo analisados em gráficos boxplot. O risco geral de ocorrência da doença no Brasil é de 31%, variando entre 17% no estado do Rio Grande do Norte até 71% no Acre. A Região Norte apresenta, em geral, os maiores riscos (47%) enquanto a região Nordeste tem os menores (26%). Esse comportamento se deve, principalmente à maior umidade relativa do ar na região Norte do Brasil. Na região sul do Brasil a temperatura do ar no inverno constitui um importante fator limitante para o risco da doença, enquanto nas demais regiões o principal fator que influencia no risco é a umidade relativa do ar.

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Publicado

13-09-2024

Edição

Seção

Ciências Agrárias - Pesquisa - Campus Cerro Largo