PREVALÊNCIA E FATORES RELACIONADOS AO GANHO DE PESO GESTACIONAL EXCESSIVO

Autores

  • Jéssica Boufleur Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Julia Helena Glesse Universidade Federal da Froneira Sul
  • Maria Eduarda da Costa Rodrigues Universidade Federal da Froneira Sul
  • Natasha Cecília Silva Vilela Universidade Federal da Froneira Sul
  • Isabela Ulthes Fonseca Universidade Federal da Froneira Sul
  • Priscila Pavan Detoni Universidade Federal da Froneira Sul
  • Shana Ginar da Silva Universidade Federal da Froneira Sul

Palavras-chave:

Gravidez;, Cuidado pré-natal;, Índice de Massa Corporal, Atenção Primária a Saúde

Resumo

Durante a gestação, ocorre uma adaptação fisiológica e morfológica contínua na mulher. Dessa forma, o desenvolvimento dos tecidos maternos e fetais está relacionado com um ganho de peso materno adequado, sendo um fator determinante para uma gravidez saudável. O presente estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de ganho de peso gestacional excessivo e a relação com fatores sociodemográficos, comportamentais e clínicos em mulheres usuárias do Sistema Único de Saúde. Trata-se de um estudo transversal, realizado de dezembro de 2022 a agosto de 2023, com mulheres de idade igual ou superior a 18 anos, com filhos de até 2 anos de idade, fruto de gestações únicas e que estivessem em acompanhamento de puericultura, em quatro Unidades Básicas de Saúde da Atenção Primária de Passo Fundo, RS. O principal desfecho avaliado foi o ganho de peso gestacional excessivo (GPG), classificado em intervalos conforme Índice de Massa Corporal (IMC) pré-gestacional. As variáveis de exposição abrangeram aspectos sociodemográficos, comportamentais e clínicos das participantes. Realizou-se estatística descritiva (n, %), o cálculo da prevalência do desfecho (IC 95%) e análise da distribuição do desfecho conforme as variáveis de exposição através do teste do qui-quadrado e do teste exato de fisher, adotando-se um nível de significância estatística de p < 0,05. A amostra final foi composta por 199 mulheres, sendo destas 55,3% autodeclaradas brancas, com idade média de 27 anos (± 5,6) e renda ≤ 1 salário-mínimo (91,6%). A prevalência de GPG excessivo foi de 60% (IC95% 53-67), com um ganho médio de 12,01 kg (IC95% 10,70-13,31). Foi identificada relação estatisticamente significativa entre o GPG excessivo e renda per capita >1 salário-mínimo (p=0,029), inatividade física durante toda a gestação (p = 0,030) e IMC pré-gestacional não-eutrófico (p = 0,044). Os resultados apresentados revelam uma elevada prevalência de ganho de peso gestacional excessivo, sendo que os fatores relacionados foram a renda familiar per capita, a inatividade física e o IMC pré-gestacional. Esses achados permitem dimensionar a magnitude do desfecho e visam direcionar a adoção de estratégias para promoção de uma gestação saudável. Portanto, considerando a necessidade de ampliar e melhorar a assistência materno-infantil, sugere-se mais estudos com esse enfoque.

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Publicado

03-10-2024

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Pesquisa - Campus Passo Fundo