EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA ADOLESCENTES:
PREVENÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Palavras-chave:
Educação em saúde; Infecções sexualmente transmissíveis; Adolescentes.Resumo
A adolescência é uma fase crítica do desenvolvimento humano que marca a transição entre a infância e a idade adulta, sendo este período caracterizado por mudanças físicas, emocionais, cognitivas e sociais significativas. A Organização Mundial da Saúde define adolescência como o período da vida que começa aos dez anos e se estende até os dezenove anos completos. A compreensão e o suporte adequado durante essa fase são essenciais para ajudá-los a passar por essas mudanças e a se desenvolverem de maneira saudável. As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são transmitidas, principalmente, através do contato sexual e levam a condições como sífilis, gonorreia, clamídia, herpes genital, HIV e hepatites virais. A educação sexual aos jovens e adolescentes ainda é um tema socialmente rodeado de tabus. Por muito tempo acreditava-se que falar sobre o tema incentiva a prática do ato, porém, ve-se a necessidade de ações educativas como prevenção, entendendo que a falta de informação torna os indivíduos vulneráveis. Assim, o estudo tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem durante a educação em saúde com adolescentes. Trata-se de um relato de experiência de cunho descritivo-reflexivo, no qual participaram cinco acadêmicas de enfermagem em uma educação em saúde na escola no município de Chapecó, com adolescentes entre 10 a 12 anos, autorizados por responsáveis. Para a realização da educação em saúde foram utilizados recursos audiovisuais, multimídia, aula expositiva-dialogada, além de preservativos para demonstração prática e dinâmica educativa para exemplificar a transmissão das ISTs, com a proposta “quem vê cara não vê doença”. Durante a conversa após a dinâmica alguns alunos demonstraram timidez e constrangimento ao falar sobre o assunto, enquanto outros se mostraram mais abertos, fazendo perguntas e respondendo com confiança, fundamentando a importância do papel da família na educação sexual dos filhos. Além do mais, percebeu-se a inquietação dos adolescentes sobre as consequências e complicações que as ISTs podem levar, além do modo de colocar o preservativo. Ressalta-se que para alguns adolescentes a curiosidade foi impulsionada pelo desenvolvimento cognitivo e emocional, além da influência social e da mídia. A educação em saúde para os adolescentes é uma importante ferramenta que promove hábitos saudáveis, prevenindo comportamentos de risco e preparando os adolescentes para escolherem ter uma vida sexual mais saudável e responsável. Além de beneficiar os estudantes, a educação em saúde tem um provável impacto futuro na redução dos casos de ISTs e consequentemente melhora os indicadores de saúde. Conclui-se que ao promover um ambiente de aprendizado aberto e acessível a educação e as informações nela repassadas ajudam esse público a tomar decisões conscientes, podendo até reduzir o estigma associado às ISTs e a fomentar uma abordagem responsável e saudável em relação à sexualidade. Foi possível perceber que, na prática, esse público necessita de um olhar diferenciado considerando as mudanças que ocorrem durante esse período, a fim de oferecer o suporte necessário. As discussões e dinâmicas realizadas ajudam os adolescentes a entender a importância de cuidar e conhecer melhor seu próprio corpo, bem como a lidar com questões relacionadas à sexualidade.
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