LUDICIDADE COMO FACILITADORA PEDAGÓGICA NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA (PSE)

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Adriel Silva Pampolha Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Gabriela Dal Bosco Lazzarin
  • Larissa Campos Linck
  • Daniela Savi Geremia

Palavras-chave:

Alimentação saudável; Educandos; PSE; Saúde

Resumo

O Programa Saúde na Escola (PSE), instituído em 5 de dezembro de 2007 pelo decreto nº 6.286, permite abordar temáticas relacionadas à saúde no contexto educacional a partir de parcerias entre a rede pública de educação e as Unidades Básicas de Saúde (UBS), possibilitando a realização de atividades promotoras de saúde por intermédio do empenho conjunto de equipes multiprofissionais, professores, Instituições de Ensino Superior (IES) e estudantes universitários. Dentre as ações previstas na referida legislação, estão a promoção da alimentação saudável e a promoção da cultura da prevenção no âmbito escolar. Este trabalho trata de um relato de experiência desenvolvido durante as Atividades Teórico-Práticas (ATPs) do componente curricular “A enfermagem no contexto da saúde da família, comunidade e gestão pública” realizado em parceria do curso de enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) com o Centro de Saúde da Família (CSF) e o Centro de Educação Infantil Municipal (CEIM), durante o primeiro semestre de 2024. O objetivo geral foi sensibilizar os estudantes para a promoção da alimentação saudável e a promoção da cultura da prevenção no âmbito escolar. No decorrer das aulas e a partir da curricularização da extensão, os discentes protagonizaram a proposição de possibilidades pedagógicas facilitadoras para auxiliar nas ações de políticas públicas no ambiente escolar. Essas demandas motivaram a elaboração de práticas lúdicas para crianças, contemplando turmas de uma faixa etária específica, a saber: de 5 a 6 anos. Os discentes envolvidos na aplicação do processo pedagógico, sob orientação docente, encenaram um teatro de fantoches para estimular reflexões acerca da importância de conciliar a alimentação saudável com a rotina de vida. Além disso, cada um dos universitários confeccionou uma dinâmica para ser aplicada em grupos menores de educandos após o término do teatro. Dessa maneira, realizou-se quatro brincadeiras para propiciar o desenvolvimento infantil crítico e autônomo, aumentando o interesse do público direcionado. Os estudantes do CEIM foram divididos em estações e circulavam os espaços para o desenvolvimento das atividades que compreendiam habilidades cognitivas (trabalho em equipe e interação social); física (coordenação motora); comunicativa (linguagem, compreensão e expressão); criativa (imaginação) e autonomia (tomada de decisão). Assim, três materiais foram confeccionados manualmente, um personagem com caixa de papelão, desenhos nos quais foram coladas bolinhas de papel crepom e, para o funcionamento do jogo de memória, foi utilizado um tablet como recurso eletrônico. O jogo propôs o reforço da ingestão de legumes, verduras e frutas. Ainda, foram utilizados EVA e figuras impressas para identificar os alimentos que deveriam ser ingeridos, conforme as cores do sinal de trânsito. Os acadêmicos experimentaram in loco como o PSE instiga os educandos, elucidando a relevância de equilibrar a alimentação. Diante disso, constatou-se a eficácia de fomentar, desde a tenra idade, hábitos que trarão benefícios para o bem viver a longo prazo, podendo reduzir as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Sendo assim, o manejo do grupo etário também proporcionou à equipe acadêmica desenvoltura e a construção de uma comunicação assertiva adequada para o público-alvo, habilidade essencial para suprir as demandas sociais da comunidade.

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Publicado

13-10-2024

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Ensino - Campus Chapecó