AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Mentha piperita CONTRA CEPAS PADRÕESO DE Staphylococcus aureus.
Palavras-chave:
Concentração inibitória mínima, Concentração bactericida mínima, Microdiluição, Bioativos, BioativosTeste de disco-difusãoResumo
A resistência aos antimicrobianos é um dos principais desafios de saúde pública global,
sendo agravada pelo uso indiscriminado e inadequado de antibióticos. Bactérias como
Staphylococcus aureus, frequentemente, causam infecções resistentes a múltiplos
medicamentos, dificultando o tratamento eficaz. A diversidade química do óleo essencial,
rica em compostos bioativos, amplia suas propriedades terapêuticas, sugerindo que ele
pode atuar de maneira multifacetada e ser uma alternativa promissora para o
desenvolvimento de novos agentes antimicrobianos de origem natural. Este estudo
objetivou avaliar os efeitos bactericidas e bacteriostáticos do óleo essencial de Mentha
piperita, gentilmente cedido pela empresa Chamed Kitt-Med Laboratórios Ltda. A
eficácia antibacteriana do óleo foi avaliada em quatro cepas de S aureus (NP38, NP23,
LB25923 e B24) proveniente do Laboratório de Microbiologia da Universidade Federal
da Fronteira Sul, campus Realeza, PR. Os testes seguiram o protocolo de disco-difusão de
Kirby-Bauer, com penicilina e tetraciclina como controles positivos. As concentrações
inibitórias mínimas (CIM) e bactericidas mínimas (CBM) foram determinadas por
microdiluição, identificando a menor concentração capaz de inviabilizar 99,99% das
bactérias. Os resultados mostraram que o óleo essencial de M. piperita apresentou
atividade antibacteriana significativa contra as cepas de S. aureus, tendo CIMs variarando
de 1,3% a 10,41%; e CBMs de 1,56% a 12,5%. A cepa B4 foi a mais suscetível, com CIM
de 1,3% (11.700 μg/μl) e CBM de 1,56% (14.040 μg/μl), enquanto a cepa NP0023 foi a
mais resistente, com CIM de 10,41% (93.600 μg/μl) e CBM de 12,5% (112.500 μg/μl). A
ação do óleo pode estar relacionada à sua interferência na membrana plasmática e na
parede celular das bactérias, resultando em aumento da permeabilidade, ruptura celular e
morte bacteriana. Esses resultados destacam o potencial antibacteriano do óleo essencial
de M. piperita contra S. aureus, evidenciando uma eficácia variável conforme a cepa. No
entanto, mais estudos são necessários para avaliar suas aplicações clínicas e a viabilidade
de sua utilização em larga escala, bem como seu potencial tóxico e eficácia contra agentes
fúngicos.
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