AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE CÃES BRAQUICEFÁLICOS E MESOCEFÁLICOS SUBMETIDOS A ELETROCARDIOGRAMA EM AMBIENTE HOSPITALAR E DOMICILIAR

Autores

  • Bruna Aparecida Piran Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Fernando Luis Comenci Gnoatto Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Tatiana Champion Universidade Federal da Fronteira Sul

Palavras-chave:

Braquicefálicos; Frequência cardíaca; Hospital; Domicílio

Resumo

Cães braquicefálicos por possuírem uma anatomia craniana mais achatada, podem ser acometidos por uma alta estimulação do sistema nervoso parassimpático, juntamente a um aumento da variabilidade da frequência cardíaca e índice de tônus vasovagal em comparação a cães mesocefálicos. Para tanto, espera-se que um cão adulto, hígido obtenha a FC mínima de 60 bpm (sendo uma FC abaixo de 60 bpm considerada como bradicardia), máxima de 160 bpm (FC acima de 160 bpm considera-se como taquicardia) e média (valores dentro dos valores de referência entre 60 a 160 bpm). Objetivou-se com este trabalho avaliar a frequência cardíaca mínima, média e máxima de seis cães braquicefálicos e seis cães mesocefálicos submetidos ao exame eletrocardiográfico no período de 3 minutos em ambiente hospitalar da Superintendência Unidade Hospitalar Veterinária Universitária (SUHVU), da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Realeza, e comparar seus valores ao ambiente domiciliar onde reside o animal. Dentre os cães selecionados, foram obtidos três cães da raça Pug e três cães da raça Shih Tzu, além de seis cães sem raça definida (SRD), que possuíam em média 2  a 4.5 anos de idade. Dentre os valores obtidos durante o estudo, no ambiente domiciliar, cães braquicefálicos obtiveram uma média da FC mínima de 67 bpm, FC média de 100 bpm e FC máxima de 166 bpm. Enquanto no ambiente hospitalar, os cães braquicefálicos obtiveram, em uma média, a FC mínima de 76 bm, FC média de 112 bpm e FC máxima de 172 bpm. Já os cães do grupo mesocefálicos, avaliados em ambiente domiciliar, obtiveram a média da FC mínima de 71 bpm, FC média de 111 bpm, enquanto a média da FC máxima foi de 154 bpm. Em contrapartida, quando analisados no ambiente hospitalar, a média de FC mínima foi de 97 bpm, a FC média de 137 bpm e a FC máxima de 178 bpm. Ainda, ao analisar FC mínima e máxima, foi possível notar episódios de taquicardias e bradicardias nos dois grupos e ambientes, sendo considerada como uma arritmia sinusal, com a FC variando de 45 bpm a 234 bpm. Para análise estatística dos dados, foi utilizado o software Jamovi, teste estatístico GLM, ao qual foram comparadas a FC mínima, média e máxima dos dois grupos de cães em comparação ao ambiente hospitalar e domiciliar. Sendo assim, apurou-se que não houve diferenças entre a FC mínima (p= 0.553), FC média (p= 0.407) e FC máxima (p= 0.794) entre os ambientes domiciliar e hospitalar perante os dois grupos de cães, ao qual foram submetidos ao exame eletrocardiográfico.

 

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Publicado

13-10-2024

Edição

Seção

Ciências Agrárias - Pesquisa - Campus Realeza