CONDUTIVIDADE DA ÁGUA DO BLOCO A DA UFFS DE CERRO LARGO

Autores

  • Eduarda Grunwald Ceretta Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Juliana Marques Schontag

Palavras-chave:

água, condutividade elétrica, parâmetros

Resumo

Nos meses de maio a julho de 2024, foi realizada uma pesquisa para investigar alguns
parâmetros da qualidade da água do Bloco A do campus da Universidade Federal da
Fronteira Sul (UFFS) de Cerro Largo, tais como pH, temperatura, turbidez, cor aparente e
condutividade elétrica. Para coleta da água e análise dos parâmetros, foram seguidas as
recomendações dos principais órgãos de pesquisa sobre o tema no país. As análises foram
desenvolvidas no laboratório 3, sala 114 da universidade. Os resultados dos parâmetros
foram valores dentro dos limites orientados pelas normativas brasileiras. Com relação à
condutividade elétrica, a qual expressa a possibilidade da água de conduzir corrente elétrica,
isto é, o fluxo de elétrons, não existem valores determinados para ele na legislação
brasileira, apesar de sua importância para a garantia de água potável, para a eficiência em
processos industriais e para o bem-estar dos ecossistemas aquáticos. Frequentemente, a
condutividade é expressa em microsiemens por centímetro (µS/cm) e os valores podem
variar de acordo com a concentração dos sais, com a quantidade de dióxido de carbono
presente e segundo outros parâmetros que também foram verificados, como a tempertura e
o pH. Tal característica é possível em função da quantidade de minerais presentes na água
naturalmente, que geram íons, os quais podem ser usados para se ter uma estimativa do teor
de sais dissolvidos na água. Fez-se a medição com dois equipamentos diferentes, um
condutivímetro (instrumento utilizado para detectar a condutividade elétrica) de bancada e
com outro, portátil. Para o condutivímetro de bancada, a média observada variou entre 233
µS/cm a 259 µS/cm ao longo dos meses, e para o aparelho portátil, foram obtidos números
entre 278 µS/cm a 283 µS/cm ao longo dos meses. Os valores observados possuíam certa
variação, mesmo que as condições para as análises tenham sido respeitados para os dois
equipamentos. Tais diferenças nos resultados possivelmente sejam devido às
especificidades dos aparelhos, como calibração (o condutivímetro de bancada deve ser
calibrado antes de cada medição; já o portátil não requer esta obrigatoriedade, o que o torna
menos exato). De modo geral, águas potáveis devem ter uma condutividade baixa, pois altos
níveis de condutividade podem sinalizar a presença excessiva de contaminantes. Em
sistemas de cultivo, como a hidroponia, a medição da condutividade ajuda a melhorar a
nutrição das plantas, garantindo que elas recebam a quantidade adequada de nutrientes. Em
aquários, o monitoramento da condutividade é essencial para manter as condições ideais
para a vida aquática. Além disso, a condutividade é um parâmetro fundamental em
processos industriais e ambientais. Em setores como o tratamento de água e a fabricação de
produtos químicos, a medição da condutividade permite o controle preciso dos processos e
a garantia da qualidade do produto final. Controlar a condutividade da água é fundamental
para garantir a segurança e a eficiência em diversos contextos. Assim, sua análise é uma
ferramenta indispensável para a manutenção da qualidade da água e para a promoção de um
desenvolvimento sustentável.

Biografia do Autor

  • Juliana Marques Schontag

    Doutorado em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil(2015)
    Professora Adjunto da Universidade Federal da Fronteira Sul , Brasil

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Publicado

06-09-2024

Edição

Seção

Engenharias - Pesquisa - Campus Cerro Largo