A MORADIA DE FRANCISCO ERNESTO BERTASO E A IMPORTÂNCIA NA PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA DE CHAPECÓ

Autores

  • Ana Carolina Teixeira Universidade Federal da Fronteira Sul - Chapecó
  • Artur Antonio Ecker
  • Jaisson Teixeira Lino

Palavras-chave:

Colonização; Oeste Catarinense; Museu; Cultura; Chapecó.

Resumo

Este estudo buscou fomentar a compreensão e a valorização sobre o patrimônio histórico cultural no período de construção e desenvolvimento da cidade de Chapecó. Trata-se de um relatório de pesquisa sobre sítios de interesse arqueológico e histórico desenvolvido no componente curricular de Arqueologia Pré-histórica do curso de História da Universidade Federal da Fronteira Sul. Considerado um pioneiro com grande poder político e econômico na região oeste, Coronel Bertaso era uma das figuras centrais na cidade. Motivado a construir seu Império, em 1922, determina a construção da maior e mais bela casa no centro do povoado, afim de atender suas necessidades familiares e profissionais. Importantes acordos responsáveis por definir os rumos de Chapecó foram realizados ali. Em 1953, a família decide realocar o imóvel inteiro para o outro lado da rua utilizando um sistema de rolagem de toras, para que a família pudesse construir uma nova residência em alvenaria. O antigo imóvel abrigou a família até o ano de 1957. Com o falecimento da esposa do coronel em 1988, a família decidiu doar o imóvel para o Governo Municipal. Em 1991, a prefeitura transferiu a residência para o Parque de Exposições Tancredo Almeida Neves, onde servia como local de reuniões da Comissão Organizadora da Exposição e Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Chapecó. Entre 1997 e 2007 o espaço passou a abrigar o Museu Antônio Selistre de Campos (MASC). Em 2008, com a transferência deste museu para o prédio da antiga prefeitura municipal, a residência ficou fechada por aproximadamente 3 anos. Em 2011, através da lei nº 5.975, é criado o Museu da Colonização de Chapecó (MCC), com sede fixada na antiga residência da família Bertaso, tombado pelo decreto nº 23.949/2011. No museu, é possível visualizar vestígios do processo colonizador do Oeste Catarinense, com a mostra de imagens e objetos doados pelas famílias colonizadoras. A própria arquitetura da casa, vislumbra a grandiosidade do empreendimento da família e a notoriedade que tal construção tinha perante as demais. Os espaços internos da casa-museu, são divididos em salas temáticas a fim de construir as interfaces do processo colonizatório. É uma entidade dedicada à preservação da memória e da história do período da colonização da região Oeste Catarinense e fundação da cidade de Chapecó, destacando as lutas, conquistas e o papel desempenhado pelos diversos atores que contribuíram para o desenvolvimento da região. O espaço segue mantido pela Fundação Cultural de Chapecó,e devido a necessidade de restauração do imóvel, em janeiro de 2021, todo o acervo do Museu foi realocado para a reserva técnica, localizada no prédio histórico da prefeitura municipal. A restauração, custeada pelo Governo, segue aberta em concorrência eletrônica 084/2024 até a contratação definitiva de profissionais especializados. Perante o exposto, conclui-se que o município de Chapecó, através dos servidores da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Cultural de Chapecó, seguem trabalhando na preservação da história de sua colonização, visto que projetos de licitação mantêm-se abertos à espera da iniciativa privada para a manutenção deos espaços, como é o caso do Museu da Colonização.

Downloads

Publicado

17-09-2024

Edição

Seção

Ciências Humanas - Pesquisa - Campus Chapecó