ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL NA SUINOCULTURA

UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

Resumo

A suinocultura é uma atividade praticada em diversas regiões do mundo com grande importância sócio econômica, além de possuir um destaque no cenário do agronegócio nacional devido a disponibilidade de matérias-primas, emprego de tecnologias, conhecimento e, além disso, o incentivo ao empreendedorismo rural. Diante disso, o Brasil se encontra em quarto lugar na produção de carne suína mundial, com uma produção média de 4,983 milhões de toneladas no ano de 2022 de acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), sendo que de todo esse montante 78% destinado ao consumo interno e cerca de 22% designado a exportação. Com essa produção em larga escala, a suinocultura vem se adequando às exigências do mercado quanto às questões ambientais e ao bem-estar animal, fato que tem incentivado a adoção de padrões e práticas mais rigorosos visando a ausência de fatores como a dor, estresse, fome, sede, medo e qualquer desconforto que o animal possa ser submetido, favorecendo uma melhor qualidade de vida e de desenvolvimento. Diante do exposto, o objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão integrativa da literatura acerca das práticas de enriquecimento ambiental na suinocultura visando o bem-estar dos animais. Para tal foram utilizados os termos descritores “Bem-estar animal”, “Enriquecimento ambiental de suínos”, “Suinocultura e bem-estar”, “Environmental Enrichment on Pig Welfare”, “welfare in pigs”, e as bases de dados foram o Scielo e PubMed. Desta forma, o enriquecimento ambiental para suínos pode ser tanto social, ocupacional, físico, sensorial e até nutricional, como por exemplo, o acesso a maravalha, feno, ou materiais que possam facilitar a construção de ninhos e manter uma regulação térmica adequada, utilização de tubérculos que estimulem o comportamento biológico de fuçar, bem como, a utilização de estruturas como túneis, plataformas, caixas, ferros, pneus. Essas são algumas alternativas que permitem a melhor qualidade de vida e a sanidade animal, que auxiliam na redução de estresse, tornando o ambiente onde está inserido mais agradável. Em síntese, a implementação de medidas de enriquecimento devem atender as necessidades do animal, além de que os materiais utilizados devem ser de fácil
acesso, com gastos mínimos ao produtor, de modo que sirva de maneira prolongada e eficaz, se mostrando como uma excelente alternativa nesta escada de produção. Desta forma, as adaptações visando o enriquecimento ambiental dos animais, acaba diminuindo as casualidades comuns, como o medo e o estresse, estimula o comportamento e a curiosidade exploratória dos suínos, e consequentemente ajuda na qualidade de vida, produtividade e saúde individual e coletiva, se mostrando como uma alternativa de extrema importância para o desenvolvimento sustentável da suinocultura, contribuindo tanto para os produtores quanto para os animais que conseguem demonstrar seu comportamento específico da espécie.