PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE FELINOS POSITIVOS PARA O VÍRUS DA LEUCEMIA FELINA (FeLV)

Autores

  • Maria Eduarda Pogorzelski Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Nicole Strozack Marcom
  • Leticia de Azevedo
  • Arthur Brabosa Natel
  • Ketlin Eduarda Gazzola
  • Marcos Vinicius Azeredo e Silva
  • Fabiana Elias
  • Barbara Iohana Giese Hofmann

Palavras-chave:

FeLV; Epidemiologia; Identificação; Controle.

Resumo

A população de felinos tem crescido significativamente nos últimos tempos, tornando comum
o surgimento de superpopulações, que se concentram predominantemente nas ruas em contato
com outros animais, e, consequentemente, levam a disseminação e perpetuação de agentes
virais dentro e fora desses grupos. A infecção pelo vírus da leucemia felina (FeLV), é uma
doença altamente infecciosa causada por um retrovírus, que possui grande importância na
medicina veterinária já que se destaca como um dos agentes mais comumente encontrados na
rotina clínica de felinos domésticos, tendo ocorrência mundial. A infecção leva ao
desenvolvimento de doenças mieloproliferativas e linfoproliferativas, infecções oportunistas e
comprometimento grave da saúde imune desses animais. O presente estudo teve como
objetivo construir um perfil epidemiológico de felinos positivos para o vírus da leucemia
felina. Foram analisadas 400 fichas médicas de felinos recebidos em uma clínica particular,
sendo recolhido dados como: idade do animal, sexo, se é castrado e se, durante a pesquisa, o
animal veio a óbito por complicações do vírus. Com os dados obtidos, baseando-se
exclusivamente naqueles inerentes aos animais positivados, foi realizada a média, mínima e
máxima das idades para, por fim, estabelecer o perfil de animais FeLV+. Dos 400 animais
testados pelo teste rápido pelo método ELISA (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay), 30%
(120/400) apresentaram resultado positivo, sendo destes, 45,83% (55/120) fêmeas, 53,33%
(64/120) machos e um animal de sexo não informado, com uma média de idade de 3 anos,
sendo a idade mínima 2 meses, e a máxima 14 anos. A maioria 61,66% (74/120) dos animais
tratavam-se de animais não castrados. Durante o estudo, 46,67% (56/120) animais foram a
óbito. Conclui-se, com o presente estudo, a predominância da afecção em felinos machos,
com aproximadamente 3 anos de idade, tratando-se, a maioria, de animais não castrados. É
possível inferir, a influência do comportamento de felinos machos não castrados no que diz
respeito ao coito com maior número de parceiras, as tentativas de fuga e escape, e o acesso a
rua, o que, consequentemente, predispõe o contato com animais infectados e a transmissão do
vírus entre esses animais. A identificação de animais portadores do vírus para isolamento e
acompanhamento, e o reconhecimento do perfil de animais mais predispostos a infecção é de
extrema importância, para controle dessa doença de tanta relevância para a clínica médica de
felinos

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Publicado

13-10-2024

Edição

Seção

Ciências Agrárias - Extensão & Cultura - Campus Realeza