TAXA DE INCIDÊNCIA E NÚMERO DE CASOS NOVOS DE DENGUE NO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ, ESTADO DE SANTA CATARINA, REGIÃO SUL E BRASIL ENTRE 2014 E 2024

Autores

  • Ruan Gabriel Behling Nunes UFFS
  • luiz Martins Freitas da Silva UFFS
  • Mariana Feitosa Fonteles UFFS
  • João Gustavo Sanches Gemim UFFS
  • Ana Paula Gomes Rodrigues UFFS
  • Gustavo Sartori UFFS
  • Matheus Holz Storch UFFS
  • Heloísa Marquardt Leite UFFS

Palavras-chave:

Dengue; Epidemiologia; Saúde.

Resumo

Os indicadores de saúde são ferramentas essenciais para a investigação situacional e transicional do cenário da saúde bem como para o planejamento de ações com base em evidências. Nesse sentido, a observação de dados sobre a dengue se demonstra de suma importância, visto que essa doença infecciosa assola grande parte da população brasileira. O ciclo da doença da dengue começa com a picada de um mosquito Aedes aegypti infectado, que introduz o vírus da dengue na corrente sanguínea do hospedeiro humano. Após um período de incubação de quatro a seis dias, o vírus se multiplica, levando à viremia, que pode durar de três a sete dias. Os sintomas geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a infecção e incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dor retro-orbital, dor muscular e articular, náuseas, vômitos e erupção cutânea. Complicações podem surgir, especialmente em infecções secundárias, e incluem dengue hemorrágica, caracterizada por sangramentos e diminuição das plaquetas, e síndrome do choque da dengue, que pode levar à falência de órgãos. A maioria dos casos é autolimitada, mas a vigilância é crucial, pois complicações graves requerem atenção médica imediata. O manejo adequado e a monitorização são essenciais para prevenir e tratar essas complicações. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar o número de casos novos e a incidência da dengue em nível nacional, regional, estadual e municipal entre 2014 e 2021. Trata-se de um estudo descritivo com coleta de dados secundários na base do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e dados demográficos fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de incidência de dengue foi calculada considerando o número de casos novos confirmados de dengue (clássico e febre hemorrágica da dengue), a cada 100 mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.  Verificou-se que entre 2014 e 2021 houveram dois picos significativos: em 2015/2016, destacam-se a taxa de incidência de 836 casos/100.000 habitantes no Brasil (2015), e 395 casos/100.000 habitantes no município de Chapecó (2016); em 2020/2021, destacam-se a taxa de incidência de 922 casos/100.000 habitantes na Região Sul (2020), e 266 casos/100.000 habitantes em Santa Catarina. Além disso, foi possível constatar uma redução significativa na incidência de casos nos anos de 2017 e 2018, seguida de uma nova tendência de aumento nos anos posteriores. Considerando a análise dos números absolutos de casos de dengue nas áreas mencionadas, nos anos de 2020 a junho de 2024, verificou-se que os locais analisados atingiram no primeiro semestre de 2024 o seu maior pico no número de casos absolutos. Os indicadores de saúde para rastreio da dengue são ferramentas primordiais para monitorar e compreender a doença. Com o auxílio desses instrumentos, é possível detectar surtos, identificar áreas de risco e planejar ações preventivas, como a eliminação de criadouros de mosquitos e a realização de campanhas de conscientização. Com essas informações, é possível agir de maneira eficiente para prevenir a dengue e proteger a saúde da população.

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Publicado

24-09-2024

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Pesquisa - Campus Chapecó