PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO BRASIL
Palavras-chave:
Epidemiologia, Prevenção, Saúde públicaResumo
Os acidentes por animais peçonhentos constituem um problema de saúde pública de relevância global, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. No Brasil, esses incidentes são comuns e envolvem diferentes grupos de animais, como serpentes, aranhas, escorpiões, lagartas e abelhas, que podem causar danos severos à saúde humana. Estudos epidemiológicos sobre acidentes por animais peçonhentos são essenciais para compreender a distribuição geográfica, os fatores de risco e os perfis epidemiológicos associados a esses incidentes, permitindo a implementação de estratégias de prevenção mais eficazes e a melhoria no atendimento das vítimas nas áreas mais afetadas. Nesse contexto, este estudo objetivou descrever o perfil epidemiológico dos casos de acidentes por animais peçonhentos no Brasil entre 2007 e 2022, além de analisar possíveis especificidades regionais. Metodologia: Trata-se de um estudo cujos elementos são quantitativos, avaliados quanto à frequência de ocorrência dos casos de acidentes por animais peçonhentos no Brasil, utilizando-se banco de dados secundários do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). A análise dos dados revelou uma distribuição desigual dos casos entre os estados e regiões do Brasil. No Norte, o Pará concentra 46,14% dos casos da região, seguido por Tocantins (18,76%) e Amazonas (14,83%). No Nordeste, a Bahia lidera com 29,94%, seguida por Pernambuco (22,85%) e Alagoas (14,41%), enquanto no Sudeste, Minas Gerais (47,41%) e São Paulo (43,28%) dominam os registros. No Sul, o Paraná se destaca com 52,53%, e no Centro-Oeste, Goiás representa 43,76% dos casos. Entre as regiões, o Sudeste concentra a maior parte dos casos do Brasil (37,91%), seguido pelo Nordeste (32,03%), Sul (15,17%), Norte (8,88%) e Centro-Oeste (6,01%). A concentração de casos em estados específicos, como Pará no Norte e Bahia no Nordeste, destaca a necessidade de estratégias regionais personalizadas para enfrentar os desafios locais. No Sudeste, a predominância de Minas Gerais e São Paulo reflete sua grande população e infraestrutura de saúde. A Região Sul e o Centro-Oeste também mostram variações internas significativas, sugerindo que políticas de saúde precisam ser adaptadas às necessidades de cada estado. Em termos nacionais, a alta concentração de casos no Sudeste e Nordeste reforça a importância de políticas públicas que levem em conta as disparidades regionais, garantindo que os estados mais afetados recebam atenção adequada.
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