UTILIZAÇÃO DA PLATAFORMA MYMAPS NA IMPLEMENTAÇÃO DE MAPA VIVO NO CSF SANTO ANTÔNIO, CHAPECÓ:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Palavras-chave:
saúde coletiva, atenção primária à saúde, territorialização, mapa-vivo, saúde digitalResumo
Na atividade prática de Saúde Coletiva II, no primeiro ano do curso de medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul, realizada no Centro de Saúde da Família (CSF) Santo Antônio, Chapecó-SC, foi desenvolvido um trabalho relacionado à Saúde Digital. Esta atividade foi uma demanda da coordenação do serviço com o objetivo de atualizar os dados do território, bem como aumentar a transparência do trabalho desenvolvido pela equipe com vistas a aprimorar o monitoramento e a gestão de pacientes com condições crônicas de saúde, com foco nas doenças crônicas prevalentes, quais sejam a hipertensão e a diabetes. Doenças crônicas são condições de saúde persistentes e de longa duração, frequentemente gerenciadas nos serviços públicos de saúde e, no Brasil, são atendidas na Rede de Atenção Primária à Saúde/SUS. A diabetes é caracterizada principalmente por altos níveis de glicose no sangue, enquanto a hipertensão é marcada por pressão arterial elevada. O processo desenvolvido envolveu a plataforma MyMaps do Google que, além de intuitiva e didática, tem acesso gratuito. Foram realizados cinco encontros com as Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) para registrar todos os usuários com as características desejadas, demarcando informações detalhadas de cada um, incluindo área e microárea de residência, nome completo, número de identificação do SUS e condição de saúde. Áreas e microáreas são divisões territoriais utilizadas na Estratégia Saúde da Família (ESF), cujo objetivo é facilitar o acompanhamento da população. As áreas são espaços geográficos extensos, enquanto as microáreas são regiões dentro de uma área, cada uma designada a uma ACS. O CSF Santo Antônio é territorialmente organizado em quatro áreas e dezenove microáreas. Cada microárea é identificada por uma cor distinta no mapa vivo, facilitando a visualização e o acesso às informações. Após concluída a catalogação dos pacientes em questão, contabilizando 488 pacientes diabéticos e 1569 hipertensos, foi realizada uma capacitação para os enfermeiros, visando ensiná-los a utilizar o instrumento para atualização da plataforma nesta unidade. Para complementar a capacitação, foi produzido um tutorial em forma de vídeo para servir de material de consulta no caso de eventuais dúvidas, além de auxiliar na disseminação destes conhecimentos entre os profissionais de saúde, mesmo após a conclusão da atividade. O resultado final das atividades foi um mapa vivo didático, de fácil utilização e atualização, o qual deve permitir melhor gestão e acompanhamento dos pacientes crônicos. Nesse sentido, essa ferramenta não apenas atendeu à demanda do CSF como facilitou o trabalho dos profissionais de saúde, ampliou a eficácia do monitoramento contínuo da saúde da comunidade e destacou a visualização das intervenções necessárias. Os estudantes envolvidos na atividade puderam vivenciar uma verdadeira experiência de territorialização e constatar a importância da integração entre tecnologia e saúde coletiva, demonstrando a utilidade de ferramentas tecnológicas na gestão de informações em saúde. Portanto, a implementação do mapa vivo no CSF Santo Antônio evidenciou como a inovação tecnológica pode ser aplicada de maneira eficaz no que diz respeito à saúde coletiva, promovendo melhorias significativas no cuidado e na gestão de pacientes com condições crônicas.
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