Interação e Sustentabilidade

O papel do GEASF na preservação das Abelhas sem Ferrão

Resumo

_{Abelhas sem ferrão constituem o maior e mais diverso grupo de insetos sociais, caracterizadas por um ferrão atrofiado, morfologia corporal variada entre as espécies, e uma complexa organização social das colônias em castas. No Brasil, há registros históricos que evidenciam a relação das comunidades indígenas com as abelhas nativas, mostrando um cuidado cultural enraizado, onde o conhecimento foi transmitido de geração em geração. Atualmente, essa relação continua a ser de grande importância, fornecendo uma fonte de renda para muitas famílias que utilizam os subprodutos das abelhas nativas. No entanto, essa interação exige cuidados, conhecimentos aprimorados e um manejo que favoreça tanto o meliponicultor quanto a preservação e o bem-estar das colônias. Dessa forma, o Grupo de Estudos em Abelhas Sem Ferrão (GEASF) tem como objetivo promover a interação entre meliponicultores da região do Alto Uruguai e professores, técnicos, e estudantes da Universidade Federal da Fronteira Sul. Em 2023, dando início as atividades em parceria com o Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) e o Centro de Tecnologia e Alternativas Populares (CETAP), o grupo realizou o primeiro encontro externo, sediado pelo CAPA, e promoveu atividades anuais com reuniões, seminários para abordar temas como a relação entre sistemas agroflorestais e canteiros de flores com as abelhas sem ferrão, além de promover oficinas práticas sobre a produção de iscas e a divisão de enxames no meliponário da Universidade. No mesmo ano, também foi criada a logo oficial do grupo, acompanhada por convites para os eventos e listas de presença. Em 2024, o grupo continuou a expandir suas atividades, abordando a relação entre abelhas sem ferrão e agrotóxicos, e organizou uma nova edição do evento “Prosa, Café e ASFs” com visitas a dois meliponicultores regionais para a troca de conhecimento sobre abelhas sem ferrão. O GEASF se manteve dedicado a promover a interação entre a comunidade acadêmica e externa, fortalecendo a troca de conhecimento, incentivando práticas sustentáveis e contribuindo para a preservação da biodiversidade.}