UMA CRISE INTENSIFICADA
REFLEXÕES REALIZADAS NO ÂMBITO DO SUBPROJETO PIBID FILOSOFIA ERECHIM 2022 - 2024
Palavras-chave:
educação, crise, humanidades, currículo, tecnologiaResumo
O presente trabalho é fruto das discussões e pesquisas do projeto PIBID, e conta
como uma proposta de reflexão acerca da educação, primordialmente aqueles temas que
são identificados como crise dentro do setor educacional. Todos os pontos discutidos se
focam na análise curricular e os seus impactos dentro da estrutura escolar, e social,
impactos estes que não são aferíveis de uma única forma ou em uma única época, pois os
debates que abordam os currículos escolares se dão após regimes totalitários e a escola
acaba assumindo a função de sanar os problemas sociais do estudante. Assim chegamos a
uma reflexão mais profunda dos seus impactos políticos e sociais dentro da Sociedade. O
maior debate que se tem hoje é sobre a exclusão do ensino das disciplinas das ciências
humanas, como um todo, e do ensino das artes, que resulta em uma não compreensão de
mundo. Os impactos possíveis disso é a volta de regimes totalitários, assim como houve
na Alemanha e na Itália na primeira metade do século XX. Desse modo, chegamos à
formação de cidadania e de cidadãos não críticos dentro de uma sociedade, além de não se
ter a compreensão de mundo, e também de não se compreenderem no mundo, o que
compromete mais ainda a formação cidadã de um indivíduo é a inserção da tecnologia
dentro das escolas. Assim, a formação cidadã e a reflexão social são deixadas de lado. O
que temos hoje é um apagamento do indivíduo e da sua subjetividade, que irá manter o
mercado de trabalho com um simples uso capitalista e utilitário na Sociedade, ou seja, não
se possui mais a devida preocupação com o real aprendizado e o desenvolvimento
humano. Essa falta de humanidade, nos métodos de ensino, se intensificam cada vez mais
com o uso inadequado da tecnologia dentro das práticas pedagógicas nas escolas. Parte
destas tecnologias, e os seus defensores, se focam em um isolamento do estudante, ou
seja, que não tem interação social no ambiente de ensino, e muito menos com os outros
indivíduos que ali se encontram, além de substituir práticas pedagógicas de ensino e
aprendizagem que se voltam principalmente ao convívio e ao bem estar social. Para se
voltar ao ensino mais humano e humanizador, devemos primeiro recuperar a nossa
humanidade, sem perder de vista a nossa constituição enquanto tal no mundo e a nossa
compreensão de um mundo plural de ideias e outros seres vivos.
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