COBERTURA VACINAL CONTRA BCG, ROTAVÍRUS, HEPATITE A E B, NO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ, ESTADO DE SANTA CATARINA, REGIÃO SUL E BRASIL ENTRE 2014 E 2021
Palavras-chave:
Imunização; Vacinas; Saúde; Indicadores.Resumo
A avaliação do estado de saúde de uma população e a qualidade das políticas implementadas estão diretamente relacionadas ao uso de indicadores de saúde. Compreender esses indicadores é essencial para direcionar e assegurar a eficiência dos serviços de saúde. Entre esses indicadores, a cobertura vacinal é fundamental para avaliar a eficácia da imunização no país. O conceito do indicador de cobertura vacinal corresponde ao percentual de indivíduos vacinados e protegidos contra determinadas doenças. Nesse sentido, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) exerce um papel fundamental. Criado em 1973, o PNI é responsável por estabelecer as políticas de vacinação no Brasil, garantindo acesso universal às vacinas. Ao promover a imunização em grande escala, o PNI contribui de forma ampla, na prevenção e no controle de doenças infecciosas. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a cobertura vacinal contra BCG, rotavírus e hepatites A e B em nível nacional, regional, estadual e municipal entre 2014 e 2021. Trata-se de um estudo descritivo com coleta de dados secundários do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações. A cobertura vacinal foi determinada pelo número de doses aplicadas (esquema completo de vacinação) do imunobiológico, dividido pela população alvo e multiplicado por 100, em determinado espaço geográfico e tempo considerados. Os resultados da análise de cobertura vacinal mostram que quanto às taxas de imunização de BCG, destaca-se uma baixa adesão à vacina nos anos de 2015 e 2016, no município de Chapecó, além de um decréscimo em todos os níveis investigados entre os anos de 2018 a 2021, com aumento de adesão a partir desse último ano. Para o Rotavírus, a cidade de Chapecó esteve abaixo da meta de cobertura vacinal (90%) no ano de 2021, sendo que o estado de Santa Catarina encontra-se sempre acima da média dos indicadores regionais e nacionais. A análise das taxas de imunização da Hepatite A demonstra que em todos os níveis investigados, a meta de imunização (90%) não foi atingida em alguns períodos, especialmente entre 2016 e 2022, com exceção de 2020, quando Chapecó teve um pico de adesão à vacina. Por fim, ao observar os dados obtidos para a Hepatite B, nota-se que houve um pico de adesão à vacina no ano de 2016, com decréscimo significante, a partir desse mesmo ano, com auge da queda em 2019, que então torna aumentar, com um novo pico em 2020. Com base nisso, conclui-se que coleta de indicadores permite monitorar a cobertura vacinal, identificar grupos populacionais com baixa adesão às vacinas e avaliar a eficácia das campanhas de vacinação. Durante a pandemia, a desinformação e a hesitação vacinal resultaram em desafios significativos para alcançar altas taxas de imunização. Ao coletar e analisar dados precisos sobre imunização, é possível desenvolver estratégias de comunicação mais eficazes, combater a desinformação e reforçar a confiança nas vacinas, assegurando uma resposta robusta e coordenada para proteger a população contra surtos de doenças preveníveis por vacinação.
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