PRESENÇA DE MICROFILÁRIAS EM ARAÇARI CASTANHO (Pteroglossus castanotis) EM REALEZA – PARANÁ
Palavras-chave:
Silvestre, Aves, Epidemiologia, HemoparasitosResumo
As microfilárias são hemoparasitos que podem acometer diversos animais, incluindo aves da família Ramphastidae, como tucanos e araçaris. São transmitidos por vetores artrópodes e podem resultar em impactos significativos na saúde do hospedeiro, dependendo da espécie e da carga parasitária. Este estudo relata a detecção de microfilárias em um araçari castanho (Pteroglossus castanotis), encontrado em estado de apatia em uma residência na área urbana de Realeza, Paraná. O animal foi resgatado e encaminhado ao Serviço de Atendimento aos Animais Silvestres (SAAS) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) para avaliação de saúde. Amostras de sangue foram coletadas por venopunção, e esfregaços sanguíneos foram corados utilizando solução panótica rápida. A análise microscópica das lâminas, com ampliação de 1.000X, revelou a presença de microfilárias. Durante o exame, o animal foi a óbito e encaminhado para necrópsia. A avaliação post mortem revelou um trauma cranioencefálico, que foi determinado como a causa óbito. Embora a presença de microfilárias tenha sido detectada, esse achado é considerado incidental. No entanto, o diagnóstico desses parasitas em aves silvestres é um dado importante para a avaliação do status epidemiológico da região. A presença de microfilárias em aves sugere a presença de vetores ativos na área, o que pode levar a transmissão dos hemoparasitas para outras espécies animais, representando um risco potencial para a fauna local. Esse tipo de diagnóstico contribui para o monitoramento epidemiológico, ajudando a identificar possíveis ameaças à saúde animal e a implementar medidas preventivas adequadas. Este relato sublinha a importância da vigilância parasitológica em animais silvestres resgatados, não apenas para a reabilitação eficaz, mas também para a compreensão da distribuição e do impacto dos parasitas na fauna regional. A identificação de parasitas como as microfilárias, mesmo que incidental, reforça a necessidade de um monitoramento contínuo, essencial para a preservação da saúde e da biodiversidade nas áreas onde há uma interface significativa entre animais selvagens e domésticos.
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