PADRONIZAÇÃO DA MENSURAÇÃO DA TEMPERATURA EM PAPAGAIO (Amazona aestiva) E EM PERIQUITO-MARACANÃ (Psittacara leucophthalmus) EM ZOOLÓGICO NO SUDOESTE DO PARANÁ
Palavras-chave:
Bem-estar, Termômetro-infravermelho, Psitacídeos, ParâmetrosResumo
O Serviço de Atendimento a Animais Silvestres (S.A.A.S.) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), realizou a mensuração da temperatura superficial em papagaios (Amazona aestiva) e em periquitos-maracanã (Psittacara leucophthalmus) do Zoológico do Centro Universitário UNISEP. Com o objetivo de realiza-la de forma menos invasiva obtendo um parâmetro mais confiável com mínima manipulação das aves e menos estresse envolvido. Foram realizadas duas visitas, dia 16 de maio de 2023, foram examinados 5 papagaios e 7 periquitos-maracanã e, dia 24 de maio de 2023, foram examinados mais 2 papagaios. Todos os animais estavam cativos e foram capturados dentro do recinto, com auxílio de puçás, e contidos fisicamente, utilizando luvas de couro, imobilizando a cabeça e asas. Para mensuração de temperatura superficial, utilizou-se o termômetro infravermelho nas regiões da cabeça, peito, asa e pé, e utilizou-se da fórmula matemática de Richards: (0,06 × Temperatura da cabeça) + (0,7 × Temperatura do dorso) + (0,09 × Temperatura do pé) + (0,15 × Temperatura da asa), para estabelecer um parâmetro da temperatura média corporal superficial. Para realizar a avaliação da temperatura cloacal foi utilizado um termômetro digital. Deve-se levar em consideração que ambas as temperaturas foram mensuradas em cativeiro coberto, ou seja, na sombra, para minimizar a influência da temperatura externa nos animais. A maioria dos papagaios apresentaram a temperatura superficial mais elevada no pé e a menor temperatura foi registrada em diferentes pontos. Com base nos resultados obtidos na equação, a menor temperatura encontrada foi de 27,648°C e a maior 35,999°C, sendo que a média de temperatura dessa espécie através da equação foi de 30,661°C. Em comparação com a temperatura cloacal, todas as aves apresentaram a temperatura retal mais elevada, sendo a maior temperatura registrada de 42°C e a menor de 40,3°C, sendo que a média de temperatura cloacal foi de 41,2°C. Em relação aos periquitos-maracanã, a maioria registrou a maior temperatura no peito e a menor temperatura também foi registrada em diferentes pontos. Com base nos resultados obtidos na fórmula matemática, a menor temperatura encontrada foi de 27,612°C e a maior 36,594°C, sendo que a média de temperatura dessa espécie foi de 31,225°C. Todas estas aves registraram a temperatura cloacal mais elevada do que o resultado da fórmula, sendo que a maior temperatura registrada foi de 42°C e a menor de 41,6°C, sendo que a média de temperatura cloacal foi de 41,9°C. As diferentes temperaturas mensuradas em distintas áreas
da superfície corporal das aves podem ser justificadas por fatores como a presença de penas, distribuição de vasos periféricos, coloração e distribuição das plumas, condutividade térmica e perda de calor para o meio. A temperatura superficial, além de sofrer interferência da temperatura externa, distância do termômetro e fatores anatômicos, representa a resposta rápida das aves em relação às alterações externas. Assim, existe uma diferença quando em comparação com a temperatura cloacal, pois esta simboliza a temperatura do núcleo corporal onde as temperaturas são superiores devido a capacidade das aves de reter calor, fluxo sanguíneo da região e proximidade com órgãos de intenso metabolismo
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