A ARTE DE CUIDAR DE LINHAGENS CELULARES: UM OLHAR DE BIOSSEGURANÇA

Autores

Palavras-chave:

técnicas de cultura de células, antineoplásicos., biossegurança

Resumo

O ato de cultivar células têm aplicações que vão além do estudo in vitro, desempenhando um papel vital na saúde, especialmente no tratamento de doenças graves. Nesse contexto, as técnicas de cultura de células cancerígenas possibilitam a compreensão do modelo de crescimento tumoral e a avaliação de potenciais fármacos adjuvantes para o tratamento de neoplasias. Para que a cultura de células seja bem-sucedida, é essencial seguir rigorosamente as práticas de assepsia, visto que grande parte dos problemas que ocorrem são causados por contaminações. Além disso, o cultivo requer condições apropriadas de incubação quanto à temperatura, umidade e composição atmosférica, e cada linhagem de células apresenta suas especificidades quanto ao meio de cultura, o qual fornece nutrientes, fatores de crescimento e outros substratos necessários para a proliferação celular. Dentro desse contexto, a biossegurança emerge como um elemento crucial, garantindo não apenas a integridade dos resultados obtidos, mas também a segurança dos profissionais envolvidos no manejo dessas culturas. Compreender as condições ideais de cultivo in vitro para as linhagens celulares com o intuito de otimizar o crescimento celular e viabilizar estudos relacionados ao câncer, com ênfase na aplicação de práticas de biossegurança. As linhagens  foram obtidas do Banco de Células do Rio de Janeiro (BCRJ) e os procedimentos experimentais foram conduzidos no laboratório de cultivo celular da Universidade Federal da Fronteira Sul (Chapecó - SC). As células foram armazenadas em garrafas de cultivo celular com filtro e mantidas em uma estufa umidificada a 37 ºC, com concentração de CO2 de aproximadamente 5,0%. As células foram cultivadas com seus respectivos meios de cultivo, como Dulbecco’s Modified Eagle’s Medium (DMEM) e Roswell Park Memorial Institute (RPMI), que contêm concentrações modificadas de aminoácidos essenciais e vitaminas para estimular o crescimento, além de soro fetal bovino (FBS) para auxiliar no desenvolvimento e proliferação celular. Trocas de meio e limpeza com soro fisiológico foram realizadas a cada 48 horas, além da tripsinização quando houve aumento significativo no crescimento celular, de modo que as células fossem repassadas para outra garrafa. Medidas de biossegurança foram seguidas rigorosamente, incluindo a autoclavagem de materiais essenciais, o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e a desinfecção constante do ambiente de trabalho. A "arte de cuidar de células cancerígenas" envolve um equilíbrio delicado entre promover o crescimento celular e prevenir contaminações, garantindo assim a qualidade dos dados obtidos. Durante o estudo, observou-se que a manutenção de condições ideais de cultivo e a aplicação rigorosa das práticas de biossegurança foram cruciais para a viabilidade das células e para a obtenção de resultados reprodutíveis. A paramentação com avental, máscara, toucas, luvas e propés, a autoclavagem adequada dos materiais, a limpeza frequente do ambiente de trabalho, bem como a manipulação cuidadosa das células, demonstraram ser medidas essenciais para evitar contaminações e garantir a reprodutibilidade dos experimentos. Por fim, a biossegurança desempenha um papel fundamental na "arte de cuidar de células cancerígenas", sendo essencial para a obtenção de resultados confiáveis e para a continuidade das pesquisas em oncologia. 

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Publicado

24-09-2024

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Pesquisa - Campus Chapecó