CÂNCER DE PULMÃO COMO TEMA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
COMUNIDADES AGRÍCOLAS DO OESTE DE SANTA CATARINA
Palavras-chave:
Extensão universitária;, Agricultura familiar;, Câncer de pulmão;, Gamificação.Resumo
Durante as atividades realizadas no componente Projeto Integrador Interdisciplinar de Extensão (PIIEX) do segundo semestre do curso de medicina, foi desenvolvido um trabalho relacionado ao câncer de pulmão, cuja premissa era a interação com as comunidades agrícolas da região Oeste de Santa Catarina. Para tanto, os alunos dividiram-se em grupos para desenvolver, primeiramente, seminários acerca dos mais variados tipos de câncer, com o objetivo de familiarizar-se com o tópico antes de realizarem a ação de extensão propriamente dita. Alcançado este primeiro objetivo, os alunos passaram a articular-se em prol de organizar uma atividade junto à Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Santa Catarina (FETRAF/SC). Nessa fase da atividade, os discentes deveriam produzir um material capaz de promover a troca de conhecimentos entre os acadêmicos e os membros da comunidade local, não sendo limitada a participação no evento apenas aos agricultores. Com encontros agendados para ocorrerem nas cidades de Quilombo-SC em 20/06/2024 e Coronel Freitas-SC em 27/06/2024, os discentes foram, novamente, desafiados a estipular uma atividade embasada em conhecimento científico e que, especificamente neste segundo momento, permitisse ainda a participação ativa dos convidados, os quais são também detentores de conhecimento, dando à proposta um caráter de troca de saberes, e não de apresentação expositiva do conteúdo abordado. O presente grupo, responsável pelo tópico câncer de pulmão, realizou suas atividades exclusivamente em Coronel Freitas-SC, estando presente apenas como espectador durante as apresentações de outros grupos na cidade de Quilombo-SC. Para o desenvolvimento da atividade, os alunos buscaram utilizar a mesma base teórica da primeira tarefa, criando, ao combinar esta teoria aos conhecimentos populares, uma proposta de gamificação com a qual os ouvintes poderiam interagir ativamente. Utilizando-se de slides, os alunos posicionaram-se à frente do público apresentando uma série de perguntas e afirmativas, às quais deveriam ser julgadas como verdadeiras ou falsas, buscando promover um engajamento com a temática. Após lançada uma pergunta, os ouvintes sinalizaram suas respostas de forma verbal ou erguendo as mãos, como originalmente proposto pelos organizadores para simbolizar que julgavam verdadeira a afirmativa. Contando com níveis variáveis de participação entre aqueles que compunham o público, surgiram várias perguntas a serem respondidas pelos acadêmicos, como também vários adendos e relatos de experiência pelos membros da comunidade. Dentre alguns dos mais notórios, estavam relatos de parentes que foram acometidos pelo câncer de pulmão e preocupações acerca de sintomas incomuns e inespecíficos, trazidos como forma de alerta. Também foi excepcional o conhecimento demonstrado pelo público sobre o tema de agrotóxicos, referidos pelos mesmos como defensivos agrícolas, de cuja nocividade ao organismo e capacidade carcinogênica os mesmos estavam cientes, até mesmo capacitados que os acadêmicos, referindo ainda que estimulam, através da FETRAF/SC, o uso consciente destes químicos, de modo a proteger-se e aos outros. Embora a atividade tenha sido rápida, “disputando” o pouco tempo hábil de uma manhã com outros grupos para realizar suas apresentações, foi avaliada positivamente pelo público, demonstrando de maneira exitosa a troca de conhecimentos almejada nas atividades de extensão universitárias.
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