CORRELAÇÃO ENTRE INFECÇÃO POR Influenza VÍRUS E Glaesserella parasuis EM SUÍNOS

UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Autores

  • Tiago Luiz Pauwelz Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Bruna Alves Ottobeli
  • Ketlin Eduarda Gazzola
  • Dalila Moter Benvegnú

Palavras-chave:

Vírus;, Bactéria;, Doença;, Coinfecção;, Suínos

Resumo

A criação intensiva de suínos enfrenta desafios sanitários significativos, entre as quais se destacam as infecções respiratórias, seja por vírus e/ou bactérias. O Influenza vírus é um problema corriqueiro na suinocultura brasileira, por se tratar de uma doença de difícil controle, rápida disseminação entre os animais e infecções bacterianas secundárias. A infecção viral, por si só, apresenta sintomas leves e rápida recuperação nos animais, mas o grande problema é a imunossupressão causada pelo vírus, em que há o aproveitamento de bactérias secundárias para se multiplicarem no organismo do animal, como o caso da bactéria Glaesserella parasuis. Diante do exposto, o objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão sistemática da literatua acerca da presença concomitante de Influenza vírus e da bactéria Glaesserella parasuis em suínos. Para tal, foram utilizados os termos descritores “influenza virus”, “Glaesserella parasuis”, “pigs” e a base de dados Google Acadêmico. Após a busca, foram encontrados dois artigos acerca do assunto, os quais foram incluídos nesta revisão sistemática. De acordo com o primeiro, a Glaesserella parasuis é uma bactéria comensal do trato respiratório superior dos suínos e é o agente patológico da Doença de Glasser, uma enfermidade que segue geralmente três tipos de curso: a fase superaguda, aguda e crônica. Na primeira fase, a doença evolui rapidamente e pode resultar em morte súbita, sem sinais clínicos perceptíveis. Se decorrida a fase aguda, pode ser observada febre alta, apatia, dispneia, problemas locomotores e incoordenação. Na fase crônica, apresentam pelagem áspera, refugagem e sinais respiratórios. A principal forma de transmissão é o contato direto entre os animais e a contaminação do ambiente com o agente, especialmente comedouros e bebedouros, sendo compartilhados entre vários animais da mesma baia ou lote. Além da facilitação que o Influenza vírus gera para a multiplicação bacteriana, a presença simultânea do vírus e da bactéria pode potencializar a resposta inflamatória e comprometer ainda mais o sistema respiratório dos animais. Outro ponto a se levar em conta é que quando há a coinfecção o diagnóstico e o tratamento ideal são dificultados, uma vez que os sintomas podem se sobrepor e variar de intensidade. O segundo estudo cita que a coinfecção por Influenza vírus e Glaesserella parasuis em suínos nas fases de creche e recria resulta em impactos econômicos severos, devido à morbidade e mortalidade associadas. Portanto, a compreensão da interação entre esses agentes infecciosos é essencial para o desenvolvimento de estratégias eficazes no controle e prevenção de infecções por esses patógenos nos animais.

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Publicado

12-10-2024

Edição

Seção

Ciências Biológicas - Pesquisa - Campus Realeza