AUTOPERCEPÇÃO DA QUALIDADE DO SONO EM MÃES DE CRIANÇAS DE ATÉ DOIS ANOS DE IDADE ACOMPANHADAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE PASSO FUNDO, RS

Autores

  • Lucas Silva Tedesco Guimarães Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Isabel Benevides Frossard
  • Gabriela Quinteiro Perosa
  • Natasha Cecília Silva Vilela
  • Júlia Helena Glesse
  • Marcelle Couto
  • Gabriela Erthal
  • Shana Ginar da Silva

Palavras-chave:

autopercepção, qualidade do sono, sáude materno-infantil, atenção primária à saúde

Resumo

A maternidade é um momento marcante e pode trazer vários desafios para saúde e bem- estar com as novas mudanças na rotina. Diante disso, este estudo visa avaliar e descrever a prevalência da autopercepção da qualidade do sono e analisar essa relação com a idade da criança em mulheres usuárias do sistema único de saúde. Trata-se de umestudo epidemiológico transversal, sendo um recorte da pesquisa intitulada "Saúde da mulher e da criança no ciclo gravídico puerperal em usuárias do Sistema Único de Saúde", realizada com mulheres de idade igual ou superior a de 12 anos e com filhos de até 2 anos de idade, atendidas em cinco unidades básicas de saúde de Passo Fundo (RS) no período de dezembro de 2022 a agosto de 2023. As informações foram coletadas através de entrevistas presenciais, nas dependências das UBS, e realizadas por entrevistadoras treinadas. O principal desfecho analisado foi a autopercepção da qualidade do sono, classificada em escala Likert (excelente, boa, regular, ruim, muito ruim) e posteriormente dicotomizada em percepção positiva e percepção negativa. A variável independente foi a idade da criança, categorizada em: até 3 meses, 4 a 6 meses, 6 a 12 meses e 12 meses ou mais. Foi realizada análise descritiva (n%) e o teste do qui-quadrado para avaliar a relação entre a autopercepção da qualidade do sono com a idade da criança, sendo considerando sinificativos valores de p<0,05. Entre as 256 mulheres que compuseram a amostra, 44,9% avaliaram como positiva a qualidade do sono, enquanto 54,7% consideraram negativa. Não foi observada uma relação estatisticamente significativa da autopercepção da qualidade do sono materno com a idade da criança nos dois primeiros anos de vida (p=0,472). No entanto, expressivas prevalências mostraram que entre mães de crianças de até 3 meses, 52,1% avaliam o sono negativamente. Já entre mães de crianças de 4 a 6 meses, 61,5% têm uma visão negativa. Entre mães com crianças de 6 a 12 meses, 62,1% avaliam o sono negativamente. Por fim, naquelas com crianças de 12 meses ou mais, 50,6% têm uma percepção negativa do sono. A análise descritiva por idade dos filhos revela uma deterioração progressiva na percepção negativa do sono das mães até a faixa etária de 12 meses ou mais, onde a percepção se torna quase equitativa. Fatores como a adaptação à maternidade e o desenvolvimento das crianças podem contribuir para a melhora observada. Portanto, mais pesquisas são necessárias para compreender melhor a relação entre a qualidade do sono materno e a idade dos filhos nesses dois primeiros anos de vida.

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Publicado

04-10-2024

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Pesquisa - Campus Passo Fundo