ALEITAMENTO MATERNO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE UM MUNICÍPIO DO NORTE GAÚCHO

Resumo

A nutrição saudável nos primeiros anos de vida é fundamental para a saúde das crianças em todos os ciclos vitais. Nesse sentido, a prática do aleitamento materno exclusivo até seis meses de vida e complementado até dois anos de idade ou mais, é essencial para a promoção da saúde do lactente. Dessa forma, este trabalho tem por objetivo determinar as frequências absolutas e relativas do aleitamento materno exclusivo, misto/complementado, predominante e inexistente/artificial. Trata-se de um estudo transversal de dados secundários, oriundos de prontuários eletrônicos de pacientes de 0 a 12 anos de idade que receberam atendimento na atenção primária de Marau - RS no ano de 2019. O projeto de pesquisa do qual este estudo faz parte foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFFS. Foram obtidos dados sobre o perfil sociodemográfico, clínico e informações sobre o aleitamento materno (exclusivo, misto/complementado, predominante e inexistente/artificial). Prontuários sem informações sobre aleitamento foram excluídos. Os dados foram digitados em banco e foram realizadas análises estatísticas de frequências absolutas e relativas. A amostra foi composta por um total de 311 pacientes, sendo composta predominantemente por crianças do sexo masculino (58,5%), com menos de 2 anos (56,2%), de cor branca (81,4%), nascidos de parto cesaria (73,6%) e peso adequado ao nascer (84%). Os dados revelaram que 118 crianças (37,6%) recebiam aleitamento materno exclusivo, 148 crianças (47,6%) estavam em aleitamento misto/complementado, 26 crianças (8,4%) eram alimentadas predominantemente com leite materno, e 20 crianças (6,4%) não eram amamentadas e recebiam apenas alimentação artificial. Apesar de uma baixa taxa de crianças não amamentadas, a baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo destaca a necessidade urgente de políticas e programas mais eficazes para promover práticas alimentares saudáveis desde os primeiros meses de vida.