CARGA GLOBAL DE DOENÇAS E CÂNCER DE ESÔFAGO NO BRASIL E NO MUNDO

Autores

  • Maria Luiza Bergamini Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó
  • Robison David Rodrigues Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó
  • Vinicius Meazza Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó
  • Sarah Millene Silva Gramkow da Cunha Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó
  • Heloísa Marquardt Leite Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó
  • Paulo Roger Lopes Alves Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó
  • Jane Kelly Oliveira Friestino Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó

Palavras-chave:

Neoplasias, Incidência, Mortalidade, Indicadores de saúde

Resumo

No Brasil, o câncer de esôfago é o 6º mais frequente entre os homens e o 15º entre as mulheres. No ano de 2020, a mortalidade por câncer de esôfago correspondeu a 3,92/100 mil indivíduos, sendo 6,24/100 mil em homens e 1,70/100 mil em mulheres. Sua incidência mundial deve aumentar em 140% até 2025 e, sendo a sexta principal causa de morte relacionada ao câncer mundialmente, correspondendo ao sétimo tipo de câncer mais comum. Além disso, o câncer de esôfago é a terceira neoplasia mais comum do sistema digestivo e tem um prognóstico desfavorável, pois geralmente é detectado tardiamente, quando atinge tamanho suficiente para causar obstruções, aumentando significativamente a letalidade. Neste sentido, torna-se imprescindível analisar e identificar as variáveis envolvidas na patologia, para que, em decorrência disso, possam ser elaboradas políticas públicas direcionadas à prevenção e ao manejo do câncer de esôfago no Brasil. O objetivo do estudo foi identificar diferenças da ocorrência de câncer de esôfago ao longo do tempo e realizar comparações entre as variáveis de interesse: idade, local de ocorrência, sexo, entre outras. Trata-se de uma pesquisa observacional utilizando dados secundários de relatórios de saúde consolidados e validados internacionalmente pelos observatórios de ocorrência de câncer e outras doenças e agravos não transmissíveis. Para isso, foram utilizados os dados da Estimativa 2023 de incidência de câncer, para ambos os sexos, do INCA, e o banco de dados “Cancer Today”, do IARC, referente à estimativa da incidência e da mortalidade do câncer de esôfago no ano de 2020. Verificou-se que a incidência do câncer de esôfago, no Brasil e nos demais países analisados, é maior na população masculina, além disso, a mortalidade nos países investigados também se apresentou maior na população masculina. Os países com maior incidência e mortalidade de câncer de esôfago estão situados, majoritariamente, no Leste Africano e na Ásia. Ademais, observou-se que Bangladesh é o único país do mundo que possui o câncer de esôfago como sendo a neoplasia maligna de maior incidência na população masculina do país, ocupando o primeiro lugar no ranking, além de ser o único país do mundo que tem o câncer de esôfago como a principal causa de mortalidade dentre as neoplasias malignas no país, em ambos os sexos. No Brasil, a Região Sul é a que apresenta maior incidência de câncer de esôfago. Dentre os estados brasileiros, constatou-se que a incidência entre os homens é maior no Rio Grande do Sul, seguido por Minas Gerais e Paraná. Entre as mulheres, a incidência é maior em Santa Catarina, seguido por Ceará e Rio Grande do Sul. Em ambos os sexos, a incidência é maior em Minas Gerais, seguido por Rio Grande do Sul e Paraná. Conclui-se que os relatórios e dados oficiais são fidedignos, permitindo a realização de comparações entre realidades distintas, podendo ser utilizados como ferramenta para fundamentar evidências e reconhecer diferentes perfis epidemiológicos e demonstra que o câncer de esôfago no Brasil segue uma tendência mundial.

Biografia do Autor

  • Maria Luiza Bergamini, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó

    Discente do Curso de Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó

  • Robison David Rodrigues, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó

     Discente do Curso de Medicina na Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó

  • Vinicius Meazza, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó

    Discente no curso de Medicina na Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó

  • Sarah Millene Silva Gramkow da Cunha, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó

    Discente do Programa de Pós Graduação em Enfermagem na Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó

  • Heloísa Marquardt Leite, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó

     Docente do curso de Medicina na Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó

  • Paulo Roger Lopes Alves, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó

    Docente do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária na Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó.

  • Jane Kelly Oliveira Friestino, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó

    Docente do Mestrado em Enfermagem e curso de Medicina na Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó.

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Publicado

24-09-2024

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Pesquisa - Campus Chapecó