PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS PROVÁVEIS DE DENGUE EM 2022 NO RIO GRANDE DO SUL

Autores

  • Thaiane Barcelos Lima UFFS
  • Tainá Decker Fischer
  • Pietra Calegari Mendes
  • Renata dos Santos Rabello

Palavras-chave:

Dengue, Doenças Transmitidas por Mosquitos, Infecções por Arbovirus, Epidemiologia

Resumo

A dengue é uma doença febril provocada pela infecção com um dos quatro tipos do vírus da dengue e transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti. Essa arbovirose apresenta uma variedade de sintomas, que podem variar desde casos assintomáticos até formas graves que podem levar ao óbito. No Brasil, em 2022, foram registrados 1.450.270 casos prováveis de dengue, resultando em uma taxa de incidência de 679,9 casos por 100 mil habitantes. No Rio Grande do Sul a dengue tem se tornado uma preocupação crescente devido a surtos esporádicos e o aumento do número de casos nos últimos anos. Diante disso, este estudo buscou descrever o perfil epidemiológico dos casos prováveis de dengue notificados, durante o ano de 2022, no Rio Grande do Sul. Para isso, realizou-se um estudo ecológico, por meio de dados secundários  oriundos do Departamento de Informática do Sistema  Único de Saúde (DATASUS), em que são sistematizadas as informações sobre as notificações compulsórias. As variáveis estudadas foram casos prováveis de dengue, incidência, mês do primeiro sintoma, município de residência, faixa etária, sexo, critério de confirmação e evolução. Foram notificados 67.290 casos prováveis de dengue no RS, com uma incidência de 589,6 casos a cada 100.000 habitantes. Abril foi o mês com maior número de notificações (44,4%), seguido por março (28,7%) e maio (20,6%). Novo Hamburgo foi a cidade com o maior número de casos (10,7%), seguida por Igrejinha  (8,8%) e Porto Alegre (7,6%). O maior número de casos foi na faixa etária de 20 a 59 anos (63,6%) e no sexo feminino (53,9%). Exames laboratoriais representaram 54,2% do critério de confirmação, enquanto o diagnóstico clínico-epidemiológico representou 45,8%. Do total de casos, excluindo-se os dados ignorados, constatou-se 66 óbitos pelo agravo notificado. Os resultados fornecem uma visão abrangente sobre a distribuição da dengue no Estado. Identificar áreas, períodos e a população com maior incidência ajuda a direcionar estratégias de prevenção e controle mais eficazes. 

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Publicado

04-10-2024

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Pesquisa - Campus Passo Fundo